Acabo de ver no site do Rigon que faleceu hoje o médico Said Ferreira, prefeito de Maringá em duas gestões. Do ponto de vista das realizações, Said e João Paulino se equivalem em termos de importância para a história da cidade. Said deixou obras que marcaram. Foi ele que começou e realizou a parte mais pesada do Novo Centro; construiu o Teatro Kalil Hadadd,a rodoviária nova, o novo aeroporto e, junto com o reitor Fernando Ponte, implantou, no peito e na raça os cursos de Odontologia e Medicina na UEM.
Estava para publicar um livro auto-biográfico. É uma história de vida maravilhosa, que vale a pena ser editada. Fiquei encantado pela qualidade literária do texto e pela determinação do médico Said Ferreira, que se formou na Universidade Federal do Paraná e começou a clinicar na cidade de Atalaia. O Edifício Atalaia, de Maringá, que ele construiu, tem esse nome em homenagem à cidade vizinha que o acolheu, ainda jovem, recém-formado.
Tenho, nos últimos dois anos, frequentado o escritório do Dr. Said,a convite dele.Fora da política e sentindo-se injustiçado pelo que chamava de distorção da verdade a seu respeito, ele me disse meses atrás que não queria morrer sem antes provar para Maringá e para os maringaenses que não se envolveu em maracutaia, mas fora envolvido por adversários políticos. Lutava , inclusive, nos tribunais. Espero, sinceramente, que tenha conseguido, para que a história não lhe seja injusta.
O corpo do ex-prefeito, falecido agora a tarde na capital paulista, não virá para Maringá, cidade que administrou por 10 anos (somando os dois da prorrogação dos mandatos de prefeitos e vereadores em sua primeira gestão). Ele queria ser cremado em São Paulo, seu estado de origem, e assim será feito.
Said, que era médico e diretor-proprietário do Hospital São Marcos, estava internado há quase uma semana para uma cirurgia de ponte de safena.
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