Osmar Dias levou sua decisão para o final do jogo. Aos 43 minutos do segundo tempo bateu o martelo, depois de estressar meio mundo e ganhar fama de indeciso. Ao longo das costuras, do vai-não-vai (acabou fondo), ele teve a ajuda do irmão Álvaro que, se vice de Serra, inviabilizaria o chapão anti-Beto. Mas pensando bem, os Dias jogaram certinho, do ponto de vista da política tradicional. Agiram como enxadristas.
Quando deram o xeque mate, Osmar impôs suas condições para continuar no tabuleiro da sucessão. Tivesse aceitado a candidatura lá atrás, sem Gleisi na vice, sua candidatura teria se esvaziado e poderia chegar ao final de junho em forma de pó.
Tive pensando: será que a encenação do irmão Álvaro, de ser vice de Serra, não fazia parte do jogo dos dois irmãos senadores? Se fazia, deram um banho na concorrência.
Osmar saiu candidato com uma musculatura de fazer inveja ao popaye pós-espinafre. E Álvaro, que teve barrado pelo time do Beto Richa o seu sonho de voltar ao Palácio Iguaçu , sentiu-se vingado. Ficou com cara de perdedor na esfera nacional? Não tem importância. O fato é que a família Dias, que já tem dois senadores (o mandato de Álvaro vai até 2014), poderá ter a partir de janeiro, um senador e o governador do Estado. É pouco ou quer mais?
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