Aconteceu hoje a primeira reunião do ano do Codem, que embora sem alteração na lei virou um órgão de assessoramento do prefeito, que esteve presente. O secretário executivo do Conselho de Desenvolvimento Econômico de Maringá, João Celso Sordi, foi nomeado secretário municipal na condição de secretário executivo do Codem. À mesa estava também o presidente do Observatório Social, Ariovaldo C. Paulo.
(Foto Roberto Furlan)
. Do blog do Rigon
Meu comentário: O Codem foi precedido do Repensando Maringá,um projeto capitaneado pela elite econômica local, que se propunha a oferecer projetos de desenvolvimento urbano ao Poder Executivo Municipal. Pouco mais de 10 anos depois do início das discussões o órgão vira secretaria e o empresariado nele inserido se transforma em poder paralelo, que se brincar, manda mais do que o prefeito e a Câmara de vereadores.
Acho que o Codem excedeu em seu verdadeiro papel , tornando-se no impecilho maior ao surgimento de um órgão municipal de planejamento, como é o IPUC em Curitiba, o IPUL em Londrina e foi o ETEPLAM em Maringá (Administração Adriano Valente). Foi na prancheta dos engenheiros e arquitetos do ETEPLAM, dirigido pelo competende Vicente Queroga, que surgiram o Parque do Ingá, o campus da UEM e o Paço Municipal. Adriano criou o Escritório de Planejamento de Maringá, o colocando como órgão da administração direta. Como tal, reuniu engenheiros, arquitetos, economistas e administradores, que tinham a função específica de pensar o futuro da cidade. O órgão durou pouco, foi extinto pelo prefeito Silvio Magalhães Barros I. Uma pena, porque comparar o Codem com o ETEPLAM é uma afronta à própria história recente da cidade.
O Codem até poderia ser um órgão de planejamento importante, mas não da maneira como opera, em que o público e o privado se grudaram feito irmãos siameses. O foco de interesse do empresariado é o desenvolvimento do município, claro, mas dentro de uma lóigica exclusivamente empresarial. E convenhamos, o poder público não tem o direito de negligenciar agendas sociais imprescindíveis em nome do deus mercado.Se orientar pela bússula do custo benefício e do lucro é um crime de lesapáatria.
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