O advogado dos condôminos Alberto Abraâo Vagner tem insistido muito na tese de que "precisamos confiar na justiça, sempre levando em consideração que o tempo dela não é o nosso tempo". Mesmo que demore para agir, a Justiça sempre acaba agindo a favor da sociedade, segundo a crença do devotado Abraão. Na sexta-feira, por ocasião da manifestação de protesto em frente a rodoviária velha, ele tranquilizou:
" Aguardemos no máximo até segunda-feira porque tenho certeza que a demolição será suspensa". Mas no local havia o receio de que a "administração cidadâ" pudesse agir no final de semana e colocar tudo no chão de uma vez. Bem que ela tentou, mas o prédio que estava pra desabar há tres anos quando foi interditato, insiste, impávido, à sana destruidora dos exterminadores do passado.Realmente correu contra o relógio , mas não houve tempo para a demolição total. Na manhã de hoje, segundo informa o Rigon em seu site, " proprietários foram impedidos de entrar no edifício da antiga estação rodoviária de Maringá, depois que obtiveram liminar do TJ que suspendeu a demolição do prédio. Depois de muita conversa, na presença da impresa e do advogado da ação, Alberto Abraão, foi permitida a entrada do síndico apenas, dr. Salim; nem a imprensa pôde entrar no cercadinho".
Eis um grande paradoxo: a Guarda Municipal, que foi criada para proteger os prédios públicos está ali escalada para proteger a ação destruidora.
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