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A candidatura deve vir de cima, mas céu de brigadeiro não garante impossibilidade de inversão térmica


Não é de hoje que venho dizendo aqui neste espaço que o senador Álvaro Dias tem verdadeira obsessão para voltar ao Palácio Iguaçu (em reforma). Moverá céus e terras para ser o candidato do PSDB, que vê no prefeito de Curitiba, Beto Richa, a sua grande estrela. A mim parece cristalino que se Álvaro for candidato, será o governador. As razões são de uma obviedade de doer. Quais seriam os candidatos fortes no cenário com Álvaro? Dificilmente haveria um, porque a candidatura do senador tucano significaria a desistência dos dois principais nomes da cena política paranaense na atualidade: Beto e Osmar. Beto já está sinalizando faz algum tempo, que pode não ser candidato. Agora, deixa definitivamente claro que pretende cumprir integralmente seu segundo mandato de prefeito da capital. Osmar faz charminho, mas nos bastidores não esconde sua torcida para que o irmão Álvaro deixe de lado essa história de querer ser governador novamente. Mas sabe que uma coisa é o que ele deseja e outra é o que Álvaro quer. E como o irmão quer muito suceder Requião, Osmar se convence, enfim, que neste caso, melhor mesmo seria renovar seu mandato no Senado.
Qual o quadro da sucessão com Álvaro Dias na parada? Bem, o PT entrará com tudo na briga, para se aliar ao PMDB com Pessuti na cabeça de chapa, até como forma de preservar um bom palanque para Dilma. Fazendo isso, tira de Álvaro a possibilidade de jogar os aliados do governador Requião nos braços de Serra e assim, poderá ter uma ligeira chance de equilibrar o jogo no Estado.
Mas se este cenário não se configurar, o que restará ao eleitor paranaense? Restará quase nada em termos de opções para governador.
Para o bem do povo paranaense, que o PT então se acerte com o PMDB e infle o balão de Orlando Pessuti. Ou isso, ou teremos uma eleição sem graça, com Álvaro voando em céu de brigadeiro, como fez nas eleições de 1986, em que o seu adversário Alencar Furtado (Lerner na vice) foi apenas um figurante de luxo na disputa.
Aliás, quem conhece Álvaro sabe que seu esforço para ser candidato se dá exatamente por ele vislumbrar este céu sem nuvens. Mas estejam certos: qualquer ameaça de inversão térmica, ele cancela o plano de vôo. E as nuvens só aparecerão se PT e PMDB descerem, cada um da sua soberba, e conversarem feito gente grande.

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