A Constituição de 88, o Estatuto da Cidade e até o Plano Diretor de Maringá, elaborado e aprovado depois de dezenas de audiências públicas em 2003/2004 dispõem de instrumentos de gestão que obrigam a participação popular. A política de ocupação do solo urbano é um dos casos em que qualquer alteração depende do aval da população por meio de audiências públicas. A posição da "administração cidadã" com relação a isso é um horror. Falar em participação popular é urticária na certa em alguns gabinetes do Paço Municipal. Eles enchem a boca para falar em democracia e em transparência, mas a prática mostra que tudo não passa de jogada de marketing.
Basta ver as barbaridades que disse em matéria publicada no O Diário dessa sexta-feira, o super-secretário Guatassara Boeira. Ele chega ao absurdo de afirmar que as pessoas que questionam o seu "Projeto Frankenstein", de mutilação do Plano Diretor, são todas mal intencionadas.
Interesses inconfessos raramente são explicitados, ainda mais numa audiência pública. Mas teve um imobiliarista que pegou o microfone na audiência de quarta-feira na Câmara e , sem meias palavras , deixou claro que a mudança no zoneamento é de interesse do setor. O avanço sobre as áreas de contenção é mamão com açúcar para os que fazem profissão de fé na especulação imobiliária. Além de possibilitar a abertura de loteamentos em áreas periféricas, resguarda valiosos espaços vazios já existentes no perímetro urbano.São áreas imensas que logram passar incólumes pelo imposto progressivo e pela outorga onerosa e quanto mais tempo ficam sem edificação, mais se valorizam.
A foto do Guatassara que saiu hoje no O Diário é reveladora de todo o um potencial de arrogância, que talvez nem seja uma característica pessoal, mas sim uma marca registrada da "administração cidadã" que ele tão bem representa.
Basta ver as barbaridades que disse em matéria publicada no O Diário dessa sexta-feira, o super-secretário Guatassara Boeira. Ele chega ao absurdo de afirmar que as pessoas que questionam o seu "Projeto Frankenstein", de mutilação do Plano Diretor, são todas mal intencionadas.
Interesses inconfessos raramente são explicitados, ainda mais numa audiência pública. Mas teve um imobiliarista que pegou o microfone na audiência de quarta-feira na Câmara e , sem meias palavras , deixou claro que a mudança no zoneamento é de interesse do setor. O avanço sobre as áreas de contenção é mamão com açúcar para os que fazem profissão de fé na especulação imobiliária. Além de possibilitar a abertura de loteamentos em áreas periféricas, resguarda valiosos espaços vazios já existentes no perímetro urbano.São áreas imensas que logram passar incólumes pelo imposto progressivo e pela outorga onerosa e quanto mais tempo ficam sem edificação, mais se valorizam.
A foto do Guatassara que saiu hoje no O Diário é reveladora de todo o um potencial de arrogância, que talvez nem seja uma característica pessoal, mas sim uma marca registrada da "administração cidadã" que ele tão bem representa.
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