Engana-se quem pensa que a candidatura da senadora Marina Silva prejudica apenas Dilma Roussef. Pela avaliação de Marcos Coimbra, dono do Instituto de Pesquisas Vox Populi,que não é nenhum Data Vox, a ex-ministra tira dos dois lados:
“ Creio que Marina Silva, a princípio, tira votos igualmente de Dilma e de quem vier a ser candidato pelo PSDB, independentemente do fato de ela ter saído do PT. Os dois lados têm uma parcela de seus eleitores sensíveis aos temas levantados pela senadora, especialmente na questão ecológica. Se ela for vista como uma candidata mais à esquerda do que Lula, basta olharmos para o desempenho da Heloísa Helena em 2006: com toda a crise do PT e do mensalão, Heloísa só conquistou 6% dos votos. Se olharmos de maneira mais ampla, vamos ver que Marina tem uma presença maior no eleitorado urbano, universitário, de classe média e de profissionais liberais. Por aí, não creio que ela consiga produzir qualquer movimentação no núcleo do eleitorado de Lula, nos 30% que declararam às pesquisas sua intenção de votar em qualquer candidato indicado pelo atual presidente da República. Temos que acreditar no que declarou o eleitor às pesquisas. Concluiremos que a ministra Dilma parte para as eleições com um patamar inicial de 30% dos votos. E que a senadora Marina não é uma candidata de massas. No entanto, não dá para apostar que ela ficará só com o eleitorado urbano e de classe média. Não dá para dizer que se trata de uma candidata de elite. Marina Silva tem uma presença no movimento evangélico ainda não mensurada”
“ Creio que Marina Silva, a princípio, tira votos igualmente de Dilma e de quem vier a ser candidato pelo PSDB, independentemente do fato de ela ter saído do PT. Os dois lados têm uma parcela de seus eleitores sensíveis aos temas levantados pela senadora, especialmente na questão ecológica. Se ela for vista como uma candidata mais à esquerda do que Lula, basta olharmos para o desempenho da Heloísa Helena em 2006: com toda a crise do PT e do mensalão, Heloísa só conquistou 6% dos votos. Se olharmos de maneira mais ampla, vamos ver que Marina tem uma presença maior no eleitorado urbano, universitário, de classe média e de profissionais liberais. Por aí, não creio que ela consiga produzir qualquer movimentação no núcleo do eleitorado de Lula, nos 30% que declararam às pesquisas sua intenção de votar em qualquer candidato indicado pelo atual presidente da República. Temos que acreditar no que declarou o eleitor às pesquisas. Concluiremos que a ministra Dilma parte para as eleições com um patamar inicial de 30% dos votos. E que a senadora Marina não é uma candidata de massas. No entanto, não dá para apostar que ela ficará só com o eleitorado urbano e de classe média. Não dá para dizer que se trata de uma candidata de elite. Marina Silva tem uma presença no movimento evangélico ainda não mensurada”
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