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Ouçamos a voz do frei


“Nas três Américas, apenas Brasil e Argentina jamais fizeram reforma agrária. O detalhe é que somos um país de dimensões continentais”.

“Desde 10 de agosto, mais de 3 mil trabalhadores sem-terra se encontram acampados em Brasília para, de novo, alertar o governo federal sobre uma questão que, outrora, foi considerada prioritária pelo PT: a reforma agrária.
O mundo gira, a Lusitana roda, e hoje muita coisa parece virada de cabeça para baixo: quem fazia oposição a Sarney o defende; quem gritava “fora Collor” o elogia; quem exigia reforma agrária exalta o agronegócio. E, apesar das políticas sociais, 31 milhões de brasileiros (as) continuam a sobreviver na miséria. E a violência dissemina o medo por nossas cidades.
A manifestação dos sem-terra reivindica do governo muito pouco, sobretudo se comparado aos incentivos oficiais concedidos a empresas que degradam a Amazônia e usineiros, que, em latifúndios, mantêm trabalhadores em regime de semiescravidão”.
. Frei Betto (O Estado de Minas)

PS: A rigor, o MST é o único movimento social que vai, de fato, pro enfrentamento. Impulsionada pelo comportamento dúbio (e as vezes sacana) da mídia, a elite brasileira move céus e terras para criminalizar o Movimento Sem Terra, colocando-o como síntese da baderna e assim, legitimando o processo de criminalização dos movimentos sociais como um todo. Frei Beto é autoridade para falar do governo Lula, do qual se desligou por discordar dos descaminhos da agenda social antes sonhada.

Comentários

Anônimo disse…
O embrião do MST no Paraná foi o desemprego dos barrageiros com a conclusão de Itaipú e os camponeses da região inundada pelo lago formado com o represmento do Rio Paraná. Aconteceram então as primeiras ocupações em Querência do Norte, que abrigava grande áreas devolutas e improdutivas. Aliás, que ninguém ouse meter o pau no movimento em Querência. O primeiro segmento a defende-lo é o próprio comércio local. "Ninguém nunca viu dono da fazenda Transparaná nem da Garcia comprar um par de sapato no nosso comércio", é o que se ouve. Os fazendeiros hoje não dormem, mas se esqueceram de que foram os latifundiários os primeiros a aderirem ao movimento pró derrubada de Jango Goulart, através do golpe de primeiro de abril de 64. Dentre as reformas preconizadas por JG, tributária, bancária, política, justamente a que projetava uma reorganização da posse agrária - poucos com tanto e tantos sem nada. Agora, o choro das pitangas. Miremo=nos no exemplo que vem do Chile, onde a produção e a produtividade não dependem da dimensão do sítio. Parreiras Rodrigues, ex-O Diário 74.

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