Pular para o conteúdo principal

Reflexão sobre o K.O

Existem várias explicações para o jornalismo pasteurizado que se pratica hoje no Brasil. Se o leitor observar bem, vai ver que tanto faz ler o O Diário quanto o Estadão ou a Folha de São Paulo é a mesma coisa. O que muda e faz a diferença é a dimensão do veículo e a escala de ação e interesses do dono. A pasteurização é uma realidade mundial, mas no caso do Brasil ela é pior, mais dramática. A falta de boas reportagens, de matérias questionadoras e tecnicamente bem elaboradas, ajudam no processo de desinformação que as elites política e econômica comandam com determinação. Desinformar para dominar, sem fugir dos preceitos básicos da democracia formal (e burguesa), eis a questão. Assim, vamos legitimando fraudes e promovendo alienações óbvias. Sem contar que a imprensa, tal qual se comporta hoje, ajuda de maneira decisiva a blindar figuras execráveis, que nas páginas dos jornais, nas lentes de programas de tv terceirizados e dedicados exclusivamente à bajulação, criam o efeito KO. Lembram-se do K.O, aquela substância química usada para dar brilho em jóias embaçadas, que reluzem mas não são ouro?
Esta não é uma crítica direcionada a jornal A ou B, a programa televisivo C ou D. Trata-se de uma reflexão, que faço periodicamente como forma de purgar meus pecados profissionais e pedir perdão a Deus pelas minhas omissões.

Comentários

Anônimo disse…
Parabéns Messias pela reflexão. Eu, ultimamente,dentro das minhas parcas condições de percepção e até arriscando a cometer injustiças, tenho me dedicado e tentar abrir os olhos dos menos atentos para este tipo de jornalismo, que também não posso condenar totalmente, pois não sei se estivesse onde estão não faria o mesmo. Vejo o esforço do Ronaldo Nezo, do Gilson Aguiar e outros bons profissionais que tentam ser imparciais, mas não tem jeito.
A Ruth Bolognese certamente foi chamada às falas e também vai aliviar. Compreendo. Quando o emprego está em jogo é difícil..

Postagens mais visitadas deste blog

Começou mal,muito mal

   Sergio Moro começou efetivamente sua vida de político neste sábado em Curitiba. Numa feira   no Juvevê   foi recebido com frieza pelo povo e ouviu muitos insultos. Chegou mudo e saiu clado, acompanhado de meia dúzia de assessores, inclusive uma cinegrafista. Ele disputa com Álvaro Dias, seu ex-fã e agora inimigo, a única vaga do Senado. Chances de vitória? Tem, mas são pequenas, pra não dizer, quase zero.  

Demora, mas chega...

 Estou ansioso pelo blog, que está demorando por conta da demanda de trabalho da equipe que está montando. Hoje recebi a notícia de que está sendo finalizado e entra no ar ainda esta semana. Pretendo atualizá-lo o tempo todo - de manhã, de tarde e de noite.