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Entenda se quiser e compreenda se puder

"A prefeitura de Maringá abriu concorrência para contratação de empresa para execução das obras remanescentes do remanejamento da linha férrea do perímetro urbano de Maringá (projeto Novo Centro). Até o Tribunal de Contas da União suspender temporariamente o repasse de recursos públicos por conta de superfaturamento de R$ 35 milhões, a prefeitura informava que faltavam apenas 600 metros para terminar a obra. A abertura das propostas será feita dia 13 de agosto, às 9h.

De novo, aos interessados: não adianta procurar o valor máximo nem detalhes do edital no Portal da Transparência da prefeitura. Eles não disponibilizaram publicamente a concorrência".. Do site do Rigon


PS: cada vez compreendo menos as mudanças feitas no projeto original de rebaixamento da linha, com a consequente construção de 7 viadutos. O valor licitado em 2004 foi de R$ 45 milhões e a CR Almeida venceu a concorrência pública com uma proposta da R$ 43,8 milhões. A obra, conforme explicitada no contrato, deveria terminar em 40 meses, ou seja, tudo estaria pronto até janeiro de 2008.
Como recordar é viver,lembro que o dono da Vega, empresa de engenharia que fez o projeto, recebeu no início de 2005 a visita em seu escritório de Curitiba, do deputado federal Ricardo Barros e do prefeito Silvio Barros II. Ricardo quiz ver o projeto e após uma rápida olhada, disse exatamente isso para o dono de uma das maiores empresas de projetos de infra-estrutura urbana do país:"Esse projeto de vocês está uma merda!".
Ouvi essa fala da boca do próprio dono da Vega, um mineiro de fala mansa que todos chamam de "Seu Zé". Isso foi no início de 2008, quando estive no escritório dele junto com o João Ivo, então coordenador da Região Metropolitada e,afinal de contas, o prefeito que licitara e contratara a empresa vencedora.
O projeto de rebaixamento da linha e construção da super-via (Avenida Horácio Racanello Filho) custou R$ 600 mil. O governo do Estado bancou 80% e o município, 20% de contrapartida.
O fato é que a mesma obra contratada por R$ 43,8 milhões ainda não terminou e seu custo já estaria passando dos R$90 milhões. A suspeita de superfaturamento é objeto de processo no Tribunal de Contas da União e de investigação na Controladoria Geral.

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