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Nesta quarta-feira, dia 20, o Paraná vai dar ao Brasil uma demonstração incomum de unidade em prol do interesse público. É incomum até pelo fato do Paraná ter fama de ser um Estado onde se pratica a autofagia, uma forma muito peculiar de canibalismo. Na quarta-feira, a ser cumprido o escrito, tudo vai ser diferente. Os três senadores, Osmar Dias (PDT), Wilson Mattos (PSDB) e Flávio Arns (PT), deverão, junto com líderes expressivos da oposição, como o deputado Valdir Rossoni (PSDB), e outras lideranças estaduais, marchar com Requião a Brasília por uma causa comum: pleitear o fim da multa de R$ 10 milhões mensais que a Secretaria do Tesouro Nacional vem impondo ao Paraná por conta dos títulos podres comprados por Jaime Lerner durante o processo de privatização do Banestado e que, desde 2003, já beira uma conta de R$ 300 milhões. Essa sangria contínua de dinheiro está sugando, todos os meses, recursos essenciais para o desenvolvimento do Estado. O Paraná decidiu transformar essa questão numa bandeira de luta suprapartidária. Quer que a União reveja sua posição e o Paraná seja liberado desse pagamento absurdo e, também, a devolução do que já foi pago indevidamente. Além dos senadores e deputados oposicionistas, o Paraná conta, ainda, com o apoio dos governadores do Codesul - Santa Catarina, Rio Grande do Sul e Mato Grosso do Sul - em sua cruzada pela extinção da multa. |
Texto publicado no tablóide Hora H News, de Curitiba
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