"Como estão, as emendas acolhidas no Orçamento 2008 vão acabar gerando a criação de uma nova CPI, segundo prevê o presidente nacional do PSDB, senador Sérgio Guerra (PE). Ele adverte para a existência de um grupo de vinte parlamentares, na Comissão de Orçamento, que dominam as decisões. Guerra afirma ainda que o Comitê de Admissibilidade de Emendas não cumpre seu papel: "Eles deixaram entrar tudo, há emendas que não são relevantes, que fogem o propósito constitucional", afirmou à coluna. Para Guerra, caso seja criada uma CPI para investigar o Orçamento, a imagem do Senado "será jogada lá para baixo", o que poderá favorecer um terceiro mandato do presidente Lula. No início dos anos 1990, uma CPI investigou o escândalo de corrupção que ficou conhecido como "anões do Orçamento"
. Do blog do Cláudio Humberto
Meu comentário: já teci aqui alguns comentários sobre as tais emendas parlamentares. Acho este instrumento uma das excrescências do nosso bicameralismo. Esse negócio de deputado e senador ficar arrancando dinheiro do orçamento da União para alimentar suas bases eleitorais é uma imoralidade. Lembro-me até hoje de uma entrevista que fiz em Apucarana com o então senador Mário Covas, em que ele dizia:"Nunca levei um centavo de emenda parlamentar para Santos, minha cidade. Nem para Santos e nem para município nenhum, porque acho que esse mecanismo é uma das portas de entrada da cprrupção no sistema político brasileiro". Em lugar de agir como carreadores de dinheiro público para aliados políticos, os parlamentares deveriam trabalhar por um novo pacto federativo, que garantisse aos municípios os recursos a que eles realmente têm direito. Enfim, um pacto que acabasse de vez com o passeio do dinheiro dos impostos, que sai dos municípios e vai para os estados e para o Planalto Central e que só volta em forma de migalhas para as prefeituras. Pior do que isso: volta invariavelmente com a intermediação de políticos fisiológicos, que agem sempre de olho na manutenção de seus currais eleitorais. Longe de mim querer imitar a mala sem alça do Boris Casoy, mas não tem como deixar de reconhecer:"!Isso é uma vergonha!".
. Do blog do Cláudio Humberto
Meu comentário: já teci aqui alguns comentários sobre as tais emendas parlamentares. Acho este instrumento uma das excrescências do nosso bicameralismo. Esse negócio de deputado e senador ficar arrancando dinheiro do orçamento da União para alimentar suas bases eleitorais é uma imoralidade. Lembro-me até hoje de uma entrevista que fiz em Apucarana com o então senador Mário Covas, em que ele dizia:"Nunca levei um centavo de emenda parlamentar para Santos, minha cidade. Nem para Santos e nem para município nenhum, porque acho que esse mecanismo é uma das portas de entrada da cprrupção no sistema político brasileiro". Em lugar de agir como carreadores de dinheiro público para aliados políticos, os parlamentares deveriam trabalhar por um novo pacto federativo, que garantisse aos municípios os recursos a que eles realmente têm direito. Enfim, um pacto que acabasse de vez com o passeio do dinheiro dos impostos, que sai dos municípios e vai para os estados e para o Planalto Central e que só volta em forma de migalhas para as prefeituras. Pior do que isso: volta invariavelmente com a intermediação de políticos fisiológicos, que agem sempre de olho na manutenção de seus currais eleitorais. Longe de mim querer imitar a mala sem alça do Boris Casoy, mas não tem como deixar de reconhecer:"!Isso é uma vergonha!".
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