O auditório da reitoria da UEM ficou lotado agora a tarde na sessão pública de apresentação da pesquisa sobre o Conjunto Santa Felicidade que o Observatório das Metrópoles realizou. Da Prefeitura , compareceram apenas uma arquiteta e uma advogada. O relato feito pela coordenadora do Observatório e da pesquisa, Ana Lúcia Rodrigues, desmascara a apregoada necessidade de retirada dos moradores para as intervenções pretendidas. E confirma que 55% dos moradores foram procurados pela Prefeitura com propostas de mudança do local. Teve dono de imóvel quitado que recebeu oferta de R$ 5 mil reais para se retirar da área a ser revitalizada. O mais grave de tudo é que a região do Santa Felicidade não foi transformada em ZEIS - Zona Especial de Interesse Social. Se isso acontecesse, ou se vier a acontecer, no local só podem ser construídas habitações populares. Como o objetivo do projeto de "desfavelamento da cidade sem favelas" é favorecer a especulação imobiliária, não resta dúvida que está implícito o processo de exclusão social.
Uma constatação da pesquisa que deveria preocupar não só os movimentos sociais e os moradores do Santa Felicidade , mas toda a população, inclusive os empreendedores, é a manifesta pretensão do prefeito de mutilar por compledo o Planbo Diretor, elaborado no Congresso das Cidades (2003/2004) e aprovado pela Câmara já na atual gestão, com pequenas alterações. No afã de divulgar a construção de conjuntos habitacionais neste período eleitoral, a Administração está comprometendo áreas públicas, que o PD reservou para a implantação de equipamentos comunitários. Pela vontade manifesta do gestor público atual, a periferia de Maringá fica sem espaço para a construção de escolas, creches e áreas de lazer. Saí da UEM com a sensação de que SBII não é apenas o exterminador do passado, mas do futuro também.
Uma constatação da pesquisa que deveria preocupar não só os movimentos sociais e os moradores do Santa Felicidade , mas toda a população, inclusive os empreendedores, é a manifesta pretensão do prefeito de mutilar por compledo o Planbo Diretor, elaborado no Congresso das Cidades (2003/2004) e aprovado pela Câmara já na atual gestão, com pequenas alterações. No afã de divulgar a construção de conjuntos habitacionais neste período eleitoral, a Administração está comprometendo áreas públicas, que o PD reservou para a implantação de equipamentos comunitários. Pela vontade manifesta do gestor público atual, a periferia de Maringá fica sem espaço para a construção de escolas, creches e áreas de lazer. Saí da UEM com a sensação de que SBII não é apenas o exterminador do passado, mas do futuro também.
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Elvio Rocha