Morreu o polêmico Cecílio Rego Almeida, dono da CR Almeida, a empresa que executa a etapa de rebaixamento da linha férrea no Novo Centro de Maringá. O falecimento do bilionário e polêmico empreiteiro não teve muita repercussão na capital do Estado, apesar de ter sido ele protagonista de um dos mais intrigantes escândalos da história recente do Paraná. Lembram-se? Foi Cecílio o autor da gravação que derrubou o governador Haroldo Leon Peres, nomeado e meses depois "desnomeado" pelo general-presidente Emílio Garrastazu Médici.
Segundo os jornalões e revistas da época (Veja à frente), Haroldo teria sido flagrado pedindo propina ao empresário, para liberar o dinhero que o Estado devia à empresa, pela execução da Central do Paraná (ferrovia que liga o Norte ao Porto de Paranaguá). Ao deixar o Palácio Iguaçu, Leon Peres foi residir no Rio, seu estado natal. Ao regressar a Maringá, onde exerceu por longos anos a advocacia e onde tinha sua base eleitoral, concedeu longa entrevista sobre o assunto a este jornalista. A entrevista rendeu duas páginas e uma chamada de capa na Folha de Londrina. Anos depois, voltei a entrevistá-lo, junto com o Moscardi, para a revista POIS É. Nas duas entrevistas ele disse ter sido vítima de armação. E acusava os ex-governadores Ney Braga e Paulo Pimentel, que segundo ele, não aceitaram a nomeação de um político do interior, principalmente do Norte do Paraná, para o governo do Estado.
Cecílio Rego Almeida morreu sem esclarecer direito o que estava por trás da conversa com Leon Peres ,que gravara na praia de Copacabana, sem o interlocutor saber.
Aliás, é um um desafio para os historiadores, pesquisar a fundo também a queda de Moisés Lupion, tido como o governador mais corrupto da história do Paraná.
Lupion, que morreu com mais de 80 anos no Rio, onde morava com a mulher Vilma, também acusava Ney Braga de ter tramado a sua queda e a sua fama de político ladrão.
Tentei entrevistá-lo para a revista POIS É. Ele pediu as perguntas por escrito e como não obtive retorno, liguei novamente para a casa dele no Rio e ouvi de dona Vilma:"O Moisés não vai lhe conceder a entrevista , porque ele não gostou das perguntas". Tentei argumentar, dizendo que meu objetivo era resgatar a versão dele para a história do Paraná. Não teve jeito. Cheguei a tentar uma segunda vez, quando soube que Lupion estava em Curitiba. Através do jornalista Luiz Geraldo Mazza , tentei novo contato, desta vez com a intenção de entrevistá-lo e fazer uma foto dele na frente do Palácio do Batel. Isso porque, Moisés Lupion teve seus bens confiscados pela justiça e depois de muitos anos conseguiu reaver o Palácio, que era onde funcionava o canal 12 (RPC). Infelizmente, não consegui a entrevista que adoraria ter feito, pois ele faleceu antes que eu pudesse continuar insistindo. Lupion, Haroldo e o próprio Ney Braga, levaram para os respectivos túmulos, capítulos da história da política paranaense, que os historiadores ainda terão muito trabalho para trazer à lume.
Segundo os jornalões e revistas da época (Veja à frente), Haroldo teria sido flagrado pedindo propina ao empresário, para liberar o dinhero que o Estado devia à empresa, pela execução da Central do Paraná (ferrovia que liga o Norte ao Porto de Paranaguá). Ao deixar o Palácio Iguaçu, Leon Peres foi residir no Rio, seu estado natal. Ao regressar a Maringá, onde exerceu por longos anos a advocacia e onde tinha sua base eleitoral, concedeu longa entrevista sobre o assunto a este jornalista. A entrevista rendeu duas páginas e uma chamada de capa na Folha de Londrina. Anos depois, voltei a entrevistá-lo, junto com o Moscardi, para a revista POIS É. Nas duas entrevistas ele disse ter sido vítima de armação. E acusava os ex-governadores Ney Braga e Paulo Pimentel, que segundo ele, não aceitaram a nomeação de um político do interior, principalmente do Norte do Paraná, para o governo do Estado.
Cecílio Rego Almeida morreu sem esclarecer direito o que estava por trás da conversa com Leon Peres ,que gravara na praia de Copacabana, sem o interlocutor saber.
Aliás, é um um desafio para os historiadores, pesquisar a fundo também a queda de Moisés Lupion, tido como o governador mais corrupto da história do Paraná.
Lupion, que morreu com mais de 80 anos no Rio, onde morava com a mulher Vilma, também acusava Ney Braga de ter tramado a sua queda e a sua fama de político ladrão.
Tentei entrevistá-lo para a revista POIS É. Ele pediu as perguntas por escrito e como não obtive retorno, liguei novamente para a casa dele no Rio e ouvi de dona Vilma:"O Moisés não vai lhe conceder a entrevista , porque ele não gostou das perguntas". Tentei argumentar, dizendo que meu objetivo era resgatar a versão dele para a história do Paraná. Não teve jeito. Cheguei a tentar uma segunda vez, quando soube que Lupion estava em Curitiba. Através do jornalista Luiz Geraldo Mazza , tentei novo contato, desta vez com a intenção de entrevistá-lo e fazer uma foto dele na frente do Palácio do Batel. Isso porque, Moisés Lupion teve seus bens confiscados pela justiça e depois de muitos anos conseguiu reaver o Palácio, que era onde funcionava o canal 12 (RPC). Infelizmente, não consegui a entrevista que adoraria ter feito, pois ele faleceu antes que eu pudesse continuar insistindo. Lupion, Haroldo e o próprio Ney Braga, levaram para os respectivos túmulos, capítulos da história da política paranaense, que os historiadores ainda terão muito trabalho para trazer à lume.
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