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Não à CASA GRANDE E SENZALA!

"Uma carta de apoio à causa da Escola Milton Santos, que pela segunda vez correu o risco de ser despejada pelo poder público municipal, foi apreciada e assumida pelo Clero da Arquidiocese de Maringá.
Em um diálogo que já havia acontecido com o arcebispo metropolitano, dom Anuar Battisti, a equipe pedagógica da escola conseguiu, além do apoio declarado do arcebispo, a assinatura de mais de 40 padres da arquidiocese de Maringá. Também de diáconos, de religiosas e assessores de pastorais. Já são mais de 50 assinaturas das autoridades e coordenações.
O apelo da carta é singelo: que as autoridades competentes retifiquem a injustiça que se é cometido e regularizem a situação da área da sede da escola, já que se trata de um erro técnico, e que as ameaças de despejo sejam cessadas, pois estas têm signo da violência.
Parece que o lema da Campanha da Fraternidade 2008: "Escolhe, pois, a Vida" está de fato entronizada na Igreja neste período, claramente simbolizada na defesa da agroecologia".
. Do blog do Rigon
Meu comentário: A correção do erro técnico é simples, depende portanto, de vontade política , que é o que não existe neste caso. O problema técnico resume-se a uma expressão errada que reduziu a apenas dois anos (quando deveria ser 30) o prazo de concessão de uso de uma área de 4 hectares dentro de uma que totaliza 30 .Ocorre que a administração Silvio Barros II se aproveitou desse erro técnico (involuntário, diga-se de passagem) para exercitar o seu preconceito contra o MST, uma vez que a maioria dos alunos formados ou ainda fazendo cursos de agroecologia naquela escola são oriundos do Movimento dos Trabalhadores sem Terra. Some-se a isto o fato de que o convênio firmado com a Universidade Federal do Paraná para a viabilização da Escola Milton Santos, foi assinado em 2004 pelo então prefeito João Ivo Caleffi. Pronto: eis aí a motivação politico-partidária do atual prefeito para tentar acabar com a escola de nível médio. Lembro que os técnicos formados lá, são jovens preparados para desenvolver uma agricultura limpa, totalmente livre de agrotóxicos.
Portanto, parabéns à Igreja Católica, a Dom Anuar, aos padres e à comunidade leiga, que subscrevem o documento, que tem uma conotação bem mais profunda do que se imagina: a nota se soma à luta daqueles setores que se contrapõem à política de exclusão social reimplantada em Maringá nos últimos tres anos. Enfim, é a voz da Igreja Católica dizendo um rotundo NÃO à visão torpe de CASA GRANDE E SENZALA que ora predomina no Poder Executivo local.

Comentários

Anônimo disse…
quabdo acabar as eleicoes ele mete o pe na bunda do povo dessa escola

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