“ Passando em frente ao prédio do antigo Cine Horizonte, neste domingo, me deparei com uma vista que demonstra a total ignorância, ira e muita burrice do proprietário-demolidor. O letreiro histórico foi destruído provavelmente a marretadas, demonstrando um claro recado de bestialidade. Lamentável falta de cultura, educação e respeito ao bairro, para a população e à memória de uma cidade que sofre a cada dia por trogloditas como este”.
. De JC Cecílio no blog do Rigon, que acrescenta: “ E a administração cidadã, que recuou no tombamento, que deveria ser feito mesmo parcialmente, não se preocupou sequer em preservar o letreiro...]”.
Meu comentário: Tive o mesmo sentimento ontem a tarde quando subia pela Av. Riachuelo para entrar na rua Santos Dumont. Lembrei-me da música El Condor Passa, com Paul Mauriat, anunciando o apagar das luzes e o início da sessão. Lembrei-me do lanterninha ajudando os retardatários e achar cadeiras vazias na escuridão da enorme sala de projeção. Lembrei-me dos filmes do Mazaropi. Vieram-me a mente "Quelé do Pajeú", "Os Cafajestes", "Zorba o Grego", "Treblinka", "Tobruck", "Os canhões de Navarone", "Fugindo do Inferno", "Sete homens e um Destino", entre tantos outros bons filmes que marcaram minha geração. Infelizmente o prédio do Cine Horizonte não foi preservado para nos fazer viajar no tempo. Ainda bem que a justiça deu um breque no processo de implosão da rodoviária velha e pena, mas pena mesmo, que tenha faltado mobilização quando o prefeito Ricardo Barros colocou a Estação Ferroviária na chon.
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