O jornalista Hélio Fernandes (Tribuna da Imprensa) não entende o exagero das comemorações dos 200 anos da chegada da Família Real ao Brasil. E detona:
"Desde o início fiquei estarrecido com o estardalhaço das comemorações dos 200 anos da chegada ao Brasil da Família Real de Portugal. (Leia-se: fuga covarde diante da avassaladora invasão das tropas da França.
A fuga de Dom João VI e dos apaniguados e favoritos foi vergonhosa e desastrada. Embarcaram amontoados uns nos outros, em navios sem nenhuma segurança, viajaram por mares nunca dantes navegados, principalmente por eles.
Chegaram, viram e não venceram. Instalados magnificamente, continuaram a exploração das riquezas do Brasil, coisa que já faziam desde Pedro Alvares Cabral. Pouco antes, degolaram, salgaram e partiram em dezenas de pedaços, que foram espalhando do Rio a Minas Gerais. Quem foi que sofreu tudo isso? Tiradentes, o herói da resistência contra o colonialismo e a exploração de Portugal.
Agora, exaltamos de forma primária, subserviente e vergonhosamente bajulatória, aqueles que massacraram um dos maiores heróis (dos raros que temos) da nossa história".
PS: como discordar do do Hélio Fernandes? A propósito, não li ainda 1808 do Laurentino Gomes, mas pelo que me disse alguem que leu, ele aborda de maneira bem interessante esta questão da vinda da Familia Real para o Brasil.
"Desde o início fiquei estarrecido com o estardalhaço das comemorações dos 200 anos da chegada ao Brasil da Família Real de Portugal. (Leia-se: fuga covarde diante da avassaladora invasão das tropas da França.
A fuga de Dom João VI e dos apaniguados e favoritos foi vergonhosa e desastrada. Embarcaram amontoados uns nos outros, em navios sem nenhuma segurança, viajaram por mares nunca dantes navegados, principalmente por eles.
Chegaram, viram e não venceram. Instalados magnificamente, continuaram a exploração das riquezas do Brasil, coisa que já faziam desde Pedro Alvares Cabral. Pouco antes, degolaram, salgaram e partiram em dezenas de pedaços, que foram espalhando do Rio a Minas Gerais. Quem foi que sofreu tudo isso? Tiradentes, o herói da resistência contra o colonialismo e a exploração de Portugal.
Agora, exaltamos de forma primária, subserviente e vergonhosamente bajulatória, aqueles que massacraram um dos maiores heróis (dos raros que temos) da nossa história".
PS: como discordar do do Hélio Fernandes? A propósito, não li ainda 1808 do Laurentino Gomes, mas pelo que me disse alguem que leu, ele aborda de maneira bem interessante esta questão da vinda da Familia Real para o Brasil.
Comentários
Herói é o trabalhador brasileiro que vive com um salário mínimo e a elite brasileira acha muito.
Além disso, diga-se, os oficiais de Napoleão não estavam interessados no povo, que segue qualquer cabeça coroada, votada ou imposta. Queria mesmo era o couro da aristocracia portuga, aliada da Inglaterra. Correr, nestas horas, se nao se trata de algo honroso, está bem longe de ser covarde.
Quanto à vinda da família real para o Brasil, é o principal fato político dos primeiros 430 anos da história do Brasil. Não fosse, o ritmo de nossa "modernização" seria muito mais lento e aumentaria a hipótese de fragmentação da unidade territorial. Seríamos um retalhos de pequenas e inexpressivas republiquetas ou um grande país ainda mais abestalhado. O ritmo de novidades - e necessidades do Brasil, mas introduzidas em virtude da presença da família real no país - foi sem precedentes na história do País. Sem a família real por aqui, demoraria uns cem anos. Sem contar que abriu a porteira e em pouco tempo o país se tornou independente, daquele jeito meio gambiarrento, mas sim.
Quanto ao Hélio Fernandes, ele está caduco há muito tempo e é muito fácil discordar dele. Um alcoviteiro que pegava grana do Brizola e andou pegando grana do Requião, um patriota em causa própria.
O irmão dele é outra coisa. Mas o Hélio, dá licença.
Também concordo com a professora Marta!!! Ainda mais quando temos a "Rede Bobo" patrocinando a palhaçada!!!