
Foi há exatos 56 anos que morreu Getúlio Vargas. Se matou com um tiro no peito, saindo da vida para entrar na história. Foi presidente do Brasil por duas vezes. A primeira, de 1930 a 1945. De 30 a 34, foi chefe do Governo Provisório; de 34 a 37, Presidente da República, do Governo Constitucional. Em 1934, foi eleito presidente pela Assembléia Nacional Constituinte. Em 37 deu o golpe do Estado Novo. Getúlio jogou na lata de lixo a Constituição de 1934 e outorgou ao país uma nova Carta, a "Carta Polaca", elaborada pelo jurista conservador mineiro Francisco Campos e de inspiração claramente fascista. O ditador passou a governar por decretos-leis , ignorando o Parlamento.
Os militares já estavam irritados com a ditadura Vargas, principalmente com a ameaça que pairava no ar , de prisão dos generais do Exército. Em outubro de 1945 os militares cercaram o Palácio do Catete e Getúlio aceitou a deposição, se recolhendo na sua fazenda de São Borja. Mas em 1951 voltou nos braços do povo, eleito pelo voto direto em 1950 . Governou por 3 anos e meio quando, em 24 de agosto de 1954 cometeu o suicidio. Há quem não acredite na hipótese de suicídio, com o argumento de que se a pressão que sofreu em 1954 fosse motivo para se matar, Getulio teria tomado a atitude extrema já em 45, quando se viu sitiado no Palácio. De qualquer forma, a tese do suicídio nunca foi desmontada.
Getúlio Vargas teve sua figura eternizada pelos simpatizantes e pela mídia,DIP (seu departamento de propaganda) à frente, como "pai dos pobres". Mas a história vai mostrar lá na frente, muito lá na frente, que em matéria de paternalismo Getúlio Vargas ficará a dever, e muito, para o nosso Lula da Silva, afinal, "pai dos pobres e mãe dos ricos".
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Silvana