
Essa conversa predominante de que falta terrenos para habitações populares em Maringá, é pura balela. Só a lógica da especulação imobiliária sustenta um discurso tão chinfrim. Discurso que é desmontado pela professora Ana Lucia Rodrigues, do Departamento de Ciências Sociais da UEM, e não por acaso, coordenadora do Observatório das Metrópoles. Vejam:
"Todos os gestores públicos maringaenses são unânimes em afirmar que não há como baixar os preços da terra e, por isso, não é possível construir habitação de interesse social na cidade.
Não concordamos com tal afirmação, pois a legislação atual oferece instrumentos para fazer despencar esses preços.
Eles cairão se o poder público notificar os proprietários de grandes áreas, dando-lhes um ano para o parcelamento e, findo esse prazo, pela utilização dos vazios urbanos para edificar habitação popular.
Além do cumprimento da função social da propriedade e de outras vantagens que isso significaria, o parcelamento dessas grandes áreas vazias garantiria locais adequados de moradia para todas as classes sociais, minimizaria o sofrimento causado pelos deslocamentos em função dos precários serviços de transporte coletivo, diminuiria os impactos ambientais que decorrem da ampliação urbana, caracterizada pelo espraiamento urbano e pelo avanço horizontal do perímetro em direção às roças, acabando com as terras agricultáveis..."
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