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O extermínio das árvores

O advogado Otávio Salvadori (in memorian) costumava dizer que cada árvore é um aparelho de ar condicionado. Passando pela Av. Eclides da Cunha e vendo cimentado o local onde havia uma árvore frondosa, lembrei da frase.
Lembrei ainda da impaciência do Dr. João Paulino Vieira Filho (prefeito de Maringá por duas vezes) com quem cortava árvores, pelo simples prazer de ver descobertas suas placas de propaganda. JP (também in memorian) mandava multar quem fizesse tal besteira. Por outro lado, mandava plantar árvore na frente da casa ou do prédio comercial de quem lhe pedisse. Mas avisava: "Se não cuidar direito da planta, para que ela se desenvolva, aí você corre o risco de levar uma multa".
Lembro, a propósito, que ao assumir a Prefeitura em janeiro de 1977 pela segunda vez, João Paulino determinu a imediata demolição da obra que seu antecessor Silvio Magalhães Barros I estava fazendo naquela praça em forma de triângulo atrás da cateral. Seria o prédio da Câmara Municipal, mas inconformado com o que cinsiderou crime ambiental, JP reconstituiu a praça, que está lá até hoje, com belo gramado e bem arborizada.
Fico pensando qual seria a reação do JP e Salvadori , se entre nós ainda estivessem, diante do acelerado processo de extermínio das árvores que ocorre atualmente na cidade. Recentemente faleceu o "jardineiro de Maringá", Aníbal Bianchini da Rocha, que deve ter se decepcionado muito com com a situação nos seus últimos meses de vida.

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