Waldir Pires se queixou ao deixar, de maneira humilhante, o Ministério da Defesa, que não teve em mãos os instrumentos necessários para que agisse com a dureza que a circunstância exigia para a solução da crise aérea. E desejou que o seu substituto, Nelson Jobim, os tenha. Como baiano e admirador da figura de homem público acima de qualquer suspeita que Pires é, me senti ofendido com a deselegância de Jobim. Disse ele, usando palavras do premier britânico Benjamim Disraeli(1804-1881), sempre lemradas pelo saudoso Ulysses Guimarães:" A história não registara boas intenções, mas sim, resultados. Nunca se queixe, nunca se explique, nunca se desculpe. Aaja ou saia. Faça ou vá embora" . Waldir Pires tentou explicar, tentou se desculpar, mas realmente não fez. Foi embora, cabisbaixo, humilhado. Não creio que por incompetência,mas por excesso de boas intenções e lealdade ao presidente Lula, a quem jamais quiz atribuir culpa por não ter dado ao Ministério da Defesa instrumentos eficazes contra a ineficiência da Ifraero e a negligência da Anac.
Sérgio Moro deu entrevista à CNN e mostrou-se despreparado e por fora de tudo quando foi instado sobre problemas sociais. Não consegue se aprofundar em nada, não vai além do senso comum, seja qual for o tema abordado. Ele só não é tão raso quanto seu ex-chefe Bolsonaro, mas consegue ser pior do que o cabo Daciolo. O papo do ex-juiz tem a profundidade de um pires. Essa é a terceira via que a Globo e certos setores da elite e da classe média metida a besta defendem?
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