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Clima de fraude e tensão no Paraguai

"O medo de que a eleição presidencial do Paraguai não decorra de forma lícita ainda paira sobre a capital Assunção a menos de 48 horas do início da votação. Na manhã desta sexta-feira, a chefe da missão de observadores internacionais enviados ao país pela OEA (Organização de Estados Americanos), Maria Emma Mejía, se reuniu com o presidente Nicanor Duarte Frutos, para garantir a fiscalização do pleito deste domingo".
Meu comentário: o presidente Nicanor Duarte luta desesperadamente para eleger sua candidata Blanca Ovelar, garantindo a continuidade do Partido Colorado (do ex-ditador Stroessnes) no poder. O medo da elite paraguaia é a eleição do ex-bispo Fernando Lugo, líder das pesquisas.
Chegaram a divulgar ameaça de bomba no hotel onde se hospeda a missão da OEA. Segundo
uma enviada especial da UOL à capital paraguaia, "antes da reunião com o presidente paraguaio, a diplomata e o grupo de observadores da OEA foram surpreendidos pela evacuação do hotel "La Misión", depois de uma ameaça de bomba. Perto das 8h30, uma chamada anônima denunciou a possível existência de explosivos. Autoridades do hotel informaram imediatamente a Polícia Nacional e agentes especializados constataram que se tratava de um falso alarme".
No começo da semana o Partido Colorado andou divulgando que Lugo estaria mancumunado com terroristas para provocar explosões em vários pontos do país.
O terrorismo mesmo é o dos aliados de Blanca, que tentam desesperadamente deter o ex-bispo com esse tipo de denúncia. O episódio da evacuação do hotel deu muito na cara. E parece muito claro qual é o lado que pode fraudar o pleito.
Em tempo: não me conformo com a omissão da imprensa brasileira com relação a este pleito, que é sem dúvida, um dos fatos jornalísticos mais importantes da América do Sul este ano. Ontem por exemplo, o Jornal Nacional dedicou um espaço exagerado às primárias dos Estados Unidos e não deu sequer uma nota pelada sobre as eleições de depois de amanhã no Paraguai.
Isto é ou não é uma vergonha?

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