A igreja católica está diante de uma situação inédita em sua história: ter um bispo empossado presidente. A vitória de Lugo nas urnas contraria a política do Vaticano de proibir a participação do clero em disputas eleitorais em qualquer parte do mundo.
Dom Lugo virou presidente de um país, pelo voto da população, principalmente da população pobre, de maioria católica. O bispo da cidade de San Pedro, pediu a dispensa da Igreja para poder ser candidato e teve seu pedido indeferido. Mas o Vaticano não cassou o ministério do seu prelado, apenas deu a ele uma suspensão "a divinis", temporária. Sendo assim, o presidente eleito do Paraguai continua bispo, de acordo com o Direito Canônico.
O próprio Lugo manifestou desejo de voltar à vida sacerdotal quando entregar a Presidência daqui a 5 anos. O Papa vai aceitar? E como não aceitar a volta do bispo que, certamente, fará enquanto presidente, um trabalho de fortalecimento da doutrina da igreja no Paraguai, inclusive arrebanhando mais fiéis?
Esta circunstância, com toda certeza, estabelecerá uma jurisprudência na igreja de Pedro.
Fernando Lugo será o primjeiro presidente solteiro do Paraguai, desde Eligio Ayala em 1928. Dizem lá no vizinho país, que a primeira dama será Mercedes, a irmã do presidente eleito, de 66 anos . Dom Lugo mora com ela e dois sobrinhos, filhos do irmão mais velho, que morreu de acidente de carro.
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