Osa gastos que a Prefeitura de Maringá terá com cargos comissionados será de até R$ 3 milhões, recursos que segundo o vereador Humberto Henrique poderiam ser aplicados no tratamento do lixo. A trenzinho da alegria foi aprovado pela Câmara Municipal, com o voto contra dos tres de sempre - Mário Verri, Humberto Henrique e Marly Martin. Desses CCs quantos deverão ser alocados no Codem, agora com status de órgão da administração direta? Quantos cabos eleitorais serão contemplados? Com esse acréscimo a Prefeitura de Maringá passará a ter 396 CCs, contra 331 da gestão atual, o que já é um absurdo.
Lembram quando na campanha de 2004 o então candidato Silvio Barros tripudiu em cima dos CCs do Governo Popular? Dizia no programa de TV que eram em torno de 800. Para isso somava os FGs, numa manipulação grosseira dos dados. FG é função gratificada, dada ao funcionário de carreira que ocupa cargo de chefia dentro da estrutura administrativa. Isso é legítimo, desde que seja levado em conta o critério da competência do servidor. CC é outra coisa, são cargos de confiança, que entram na folha mas não no quadro próprio. O prefeito que tem bom senso, nomeia assessores que vão ajudá-lo a tocar a máquina, dentro de critérios técnicos e até alguns políticos (não confundir com politiqueiros).
O que não pode é usar este instrumento como fator de revitalização de curral eleitoral. Convenhamos, 396 cargos comissionados é um exagero, que dá pra desconfiar.
Comentários