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A carapuça que o poeta lança

Mentem, mentem caricaturalmente,
mentem como a careca mente ao pente,
mentem como a dentadura mente ao dente
mentem como a carroça à besta em frente,
mentem como a doença ao doente,
mentem como o espelho transparente
mentem deslavadamente como nenhuma lavadeira mente

. Pincei o verso do blog do Rigon.
É uma carapuça que o poeta Affonso Romano de Santana lançou sobre o Brasil. Nos seus sobrevôos, a carapuça sempre dá o ar da graça por aquí.

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