Roberto Marinho decidiu que faria de Collor presidente do Brasil em 1989. Collor queria um vice do Sul e Marinho, que fosse também jovem e bonito. Collor voou para Curitiba, bateu no Palácio Iguaçu para propor a vice ao governador Álvaro Dias. Álvaro não aceitou, esnobou Fernando, dizendo que não acreditava em Papai Noel. Collor saiu vendendo azeite, sentindo-se diminuído e foi bater em Minas, onde Hélio Costa brigava pelo nome de Itamar Franco. Eleito, Collor pega o telefone e liga para o governador do Paraná:"Álvaro, aqui é o presidente eleito Fernando Collor de Mello. Queria saber se você acredita em Papai Noel". Disse isso, soltou um palavrão, do tipo "vai t n c", e desligou. Meio constrangido, meio arrependido, meio emputecido, a Álvaro só restava murmurar:"Vá pra pqp, seu merda!".
Sergio Moro começou efetivamente sua vida de político neste sábado em Curitiba. Numa feira no Juvevê foi recebido com frieza pelo povo e ouviu muitos insultos. Chegou mudo e saiu clado, acompanhado de meia dúzia de assessores, inclusive uma cinegrafista. Ele disputa com Álvaro Dias, seu ex-fã e agora inimigo, a única vaga do Senado. Chances de vitória? Tem, mas são pequenas, pra não dizer, quase zero.
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