A direita e o centro estão atordoados, sem saber pra que lado correr em 2022. Adorariam continuar com Bolsonaro, mas já perceberam que Bolsonaro é incompetente, inconsequente e descompensado. Olham para todos os lados e não enxergam um único nome palatável que tenha condições de crescer e chegar encorpado às eleições. Poderia ser Ciro Gomes, que é intelectualmente preparado, mas emocionalmente instável e um poço até aqui de mágoa.
Isso explica as insinuações de lideranças políticas mais conservadoras em favor de uma aproximação a Lula. E o
ex-presidente, que não é bobo nem nada, acena a bandeira branca, porque também
sabe que sem uma ampla aliança de esquerda, com o centro e até com a direita
civilizada, será difícil derrotar Jair Messias, que ainda preserva um
percentual considerável de fanáticos seguidores e que, ancorado por uma
possível recuperação da economia e políticas compensatórias de última hora,
certamente dará muito trabalho nas urnas no ano que vem.
Imagine só o
Brasil de 2023, 2024, 2025 e 2026 com Bolsonaro reeleito e ainda mais ávido por
um golpe de estado. Claro que o cenário internacional não o favorecerá, mas ele
não desistirá do sonho de tomar conta do
país com as instituições em frangalho e com a Constituição Cidadã na lata do
lixo. É perigo real, que não é bom
correr. E lideranças como Rodrigo Maia, Kassab e até grandes empresários, como
a Luísa da Magazine e o filho de José
Alencar, sabem de sobejo. Até o Carlos Luppi, presidente nacional do PDT já
anda pensando nisso e apesar do receio de se atritar com Ciro Gomes, seu
pré-candidato, já tenta flertar com o “Sapo Barbudo”.
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