Os ventos que ontem sopravam numa direção, hoje estão soprando em outra. Ontem, Beto era candidatíssimo a governador e Osmar trabalhava para tornar irreversível sua candidatura. Mas o quadro agora é outro. Osmar se aproxima do PT, desfilando de braços dados com Jorge Sameck e Valter Bianchini, secretário estadual da Agrcultura. Beto já não fala com tanta desenvoltura da unanimidade que achava ter dentro do PSDB. É que o senador Álvaro Dias já avisou que vai pro bate-chapa e vence quem tiver mais café no bule. Enquanto isso, o governador Requião começa a repensar seu affair com o PT, que talvez não vire noivado e muito menos, casamento. O jogo é disputado no meio-de-campo e ainda está muito embolado. As nuvens de verão mudam de formato a cada olhada pra cima.
Uma coisa é certa: se Álvaro bater o pé e tirar Beto do páreo, Osmar não sai candidato a governador, devendo renovar o mandato no Senado. Isso é mais ou menos óbvio, porque seu Silvino (in memorian) não avalizaria este confronto à Caim x Abel.
Álvaro saindo, quem garante que Requião não se achega ao tucanato? Aí, Pessuti terá que se contentar com seis meses de interinidade no Palácio Araucária e um alto posto no Mercosul, ou quem sabe, no Tribunal de Contas.
Na hipótese de prevalecer a candidatura Álvaro , ele seria praticamente imbatível. E pela simples razão de que neste caso Beto Richa e Osmar estariam fora do páreo.
Comentários
E então, de quem é o comentário furado?