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Sobre a reforma eleitoral

Segundo a Folha de Sao Paulo:" A lei eleitoral em vigor estabelece 12 restrições para doações diretas aos candidatos, o que acabou instituindo a doação oculta. Para burlar as regras, entidades como concessionárias, sindicatos, entidades beneficentes e religiosas, ONGs, por exemplo, que recebam recursos públicos e empresas esportivas que recebam financiamento público acabam fazendo doações para partidos, que passam os recursos para os candidatos.

Como fica: Os parlamentares oficializaram a chamada doação oculta permitindo que pessoas físicas e jurídicas, como igreja, agremiações esportivas e ONGs façam repasses de forma ilimitada a partidos políticos para que as siglas encaminhem os recursos para os candidatos".

Meu comentário:
Isto significara, na prática, que recursos públicos irrigarão candidaturas. Claro, candidaturas de caciques partidários, porque nem a velhinha de Taubaté acredita que os partidos farão uma distribuição justa entre seus candidatos. Aqueles que são das cúpulas e mandam nas siglas a que pertencem, fatalmente ficarão com a maior fatia do bolo, se não ficarem com todo o bolo. Um bolo imoral, convenhamos, porque esse tipo de doação só servirá para alimentar o tráfico de influência e a prática nefasta do “pedágio” no carreamento verbas para entidades . Mas isso não é tudo. Há coisas piores, como por exemplo, o prêmio dado aos fichas sujas. Ou seja: não haverá restrições para o registro de candidatos que respondem a processos na Justiça . A Câmara rejeitou emenda da exigência de 'reputação ilibada e idoneidade moral' na disputa dos cargos.
Quer dizer, os deputados legislaram em causa própria, procurando proteger o próprio umbigo.
Nada é melhor do que a democracia, apesar de todas essas barbaridades. Mas é o caso de nos perguntarmos: que democracia é essa , gente?
A esperança de mudança não pode residir no parlamento, cujos membros procuram sempre votar de acordo com os próprios interesses. É preciso que a sociedade se organize e que no ano que vem, ela possa criar mecanismos de inibição do voto em candidatos que estão em débito com a Justiça. Quem sabe não seria de bom alvitre pesquisadores criarem em laboratório um tipo de cupim resistente ao óleo de peroba?

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"Os conselheiros do Tribunal de Contas do Paraná julgaram improcedente a denúncia contra o ex-prefeito de Maringá, João Ivo Caleffi (PMDB), e o ex-presidente do Serviço Autárquico de Obras e Pavimentação, Valdécio de Souza Barbosa, oriunda da 2ª Vara Cível. Eles foram acusados de descontar contribuições dos servidores e não repassar de imediato à Caixa de Assistência, Aposentadoria e Pensão dos Servidores Municipais (Capsema) e o Ministério Público queria a devolução do dinheiro e multa. O TCE entendeu que não houve má-fé ou dolo na conduta da prefeitura e do Saop. Na justiça comum, o ex-prefeito também teve ganho de causa". . Do blog do Rigon PS: a representação contra o ex-prefeito e o então presidente do Saop foi feita junto ao Ministerio Publico pela diretoria da Capsema. E sabem por que? Porque em dezembro de 2004, a Prefeitura estava com o caixa vazio e o prefeito precisava pagar o funcionalismo, inclusive o 13º. Aí usou o dinheiro que deveria repassar para a Capsema