"Impressiona a cegueira ou miopia dos grandes Meios de Comunicação Social brasileiros. Desde algum tempo, como sabemos, vêem dando ampla cobertura ao processo eleitoral dos Estados Unidos. Os candidatos à presidência desse país, tanto do partido democrata quanto republicano, têm desfilado com uma freqüência inusitada, seja nas páginas dos principais periódicos, seja no rádio e telejornais diários.
Em contrapartida, o que sabemos, ou melhor, o que sabe o povo brasileiro sobre o processo eleitoral do vizinho Paraguai? Quem são os candidatos à presidência e quais as novidades do atual processo? Ora, enquanto as eleições estadunidenses representam um cenário mais ou menos familiar, sem grandes rupturas com o passado, no país vizinho, ao contrário, verifica-se um fato novo que, por si só, mereceria maior atenção da mídia e dos cientistas políticos em geral.
O fato novo chama-se Fernando Lugo, um dos atuais candidatos à presidência da República Paraguaia. Trata-se de um ex-bispo, historicamente vinculado às lutas camponesas, e que, segundo as pesquisas, vinha ameaçando a hegemonia política do partido colorado, há mais de seis décadas no poder.
Tudo isso vem sendo ignorado ou conscientemente encoberto pela grande imprensa brasileira. Com maior estranheza, ainda, se consideramos que as eleições no Paraguai estão às portas, marcadas para o mês de abril, ao passo que nos Estados Unidos ocorrerão somente no final do ano. No ar fica a pergunta: quais as razões desse silêncio? O certo é que, como em épocas passadas, o Brasil mais uma vez vira as costas para a história de seus vizinhos hispano-americanos e se rasga em notícias diante dos acontecimentos da Europa e Estados Unidos".
No caso das eleições paraguaias, há um agravante. É sabido que Fernando Lugo, por estar fortemente ligado às causas populares, promete rever, entre outras coisas, o contrato binacional da hidrelétrica Itaipu. O contrato foi firmado no tempo dos militares e apresenta cláusulas lesivas aos interesses do povo vizinho".
. Pe. Alfredo J. Gonçalves
Meu comentário: Não é de hoje que externo aqui por este modesto blog a minha contrariedade com este comportamento mesquinho e politicamente incorreto da grande imprensa brasileira. Por isso, assino embaixo do que escreveu padre Alfredo.
Em contrapartida, o que sabemos, ou melhor, o que sabe o povo brasileiro sobre o processo eleitoral do vizinho Paraguai? Quem são os candidatos à presidência e quais as novidades do atual processo? Ora, enquanto as eleições estadunidenses representam um cenário mais ou menos familiar, sem grandes rupturas com o passado, no país vizinho, ao contrário, verifica-se um fato novo que, por si só, mereceria maior atenção da mídia e dos cientistas políticos em geral.
O fato novo chama-se Fernando Lugo, um dos atuais candidatos à presidência da República Paraguaia. Trata-se de um ex-bispo, historicamente vinculado às lutas camponesas, e que, segundo as pesquisas, vinha ameaçando a hegemonia política do partido colorado, há mais de seis décadas no poder.
Tudo isso vem sendo ignorado ou conscientemente encoberto pela grande imprensa brasileira. Com maior estranheza, ainda, se consideramos que as eleições no Paraguai estão às portas, marcadas para o mês de abril, ao passo que nos Estados Unidos ocorrerão somente no final do ano. No ar fica a pergunta: quais as razões desse silêncio? O certo é que, como em épocas passadas, o Brasil mais uma vez vira as costas para a história de seus vizinhos hispano-americanos e se rasga em notícias diante dos acontecimentos da Europa e Estados Unidos".
No caso das eleições paraguaias, há um agravante. É sabido que Fernando Lugo, por estar fortemente ligado às causas populares, promete rever, entre outras coisas, o contrato binacional da hidrelétrica Itaipu. O contrato foi firmado no tempo dos militares e apresenta cláusulas lesivas aos interesses do povo vizinho".
. Pe. Alfredo J. Gonçalves
Meu comentário: Não é de hoje que externo aqui por este modesto blog a minha contrariedade com este comportamento mesquinho e politicamente incorreto da grande imprensa brasileira. Por isso, assino embaixo do que escreveu padre Alfredo.
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