Soneto de vergonha
Por Paulo Briguet
De repente do voto fez-se o ganho
E esperança não há mais nenhuma,
Pois, da maneira que a cidade ruma,
Ninguém pode evitar o mal tamanho.
De repente do abraço no palanque
Evocaram os mortos de São Borja
Para animar a festa que se forja
– E a pálida verdade que se manque.
Lulistas e comunas, buona gente,
Celebram a vitória acachapante
Do populismo mais impenitente.
Nenhuma voz contrária se levante.
Melhor silenciarmos neste instante.
Deprimente, não mais que deprimente.
Por Paulo Briguet
De repente do voto fez-se o ganho
E esperança não há mais nenhuma,
Pois, da maneira que a cidade ruma,
Ninguém pode evitar o mal tamanho.
De repente do abraço no palanque
Evocaram os mortos de São Borja
Para animar a festa que se forja
– E a pálida verdade que se manque.
Lulistas e comunas, buona gente,
Celebram a vitória acachapante
Do populismo mais impenitente.
Nenhuma voz contrária se levante.
Melhor silenciarmos neste instante.
Deprimente, não mais que deprimente.
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