Achei muito interessante esta adaptação da poesia de Maiakovski para a tragédia política da "Maringá Cidadã". Não resisti e pincei do blog do Rigon agora há pouco.
"Um dia vieram e interditaram a rodoviária municipal e fecharam as lojinhas dos comerciantes, que demitiram seus funcionários. Como não sou comerciante nem funcionário, não me incomodei.
No dia seguinte, vieram e levaram um conhecido, que morava no Santa Felicidade, para o outro lado da cidade. Como não moro no Santa Felicidade nem no outro lado da cidade, não me incomodei.
No terceiro dia vieram e tiraram o feriado do meu vizinho negro. Como não sou negro, não me incomodei.
No quarto dia, vieram e me levaram; já não havia mais ninguém para reclamar...".
"Um dia vieram e interditaram a rodoviária municipal e fecharam as lojinhas dos comerciantes, que demitiram seus funcionários. Como não sou comerciante nem funcionário, não me incomodei.
No dia seguinte, vieram e levaram um conhecido, que morava no Santa Felicidade, para o outro lado da cidade. Como não moro no Santa Felicidade nem no outro lado da cidade, não me incomodei.
No terceiro dia vieram e tiraram o feriado do meu vizinho negro. Como não sou negro, não me incomodei.
No quarto dia, vieram e me levaram; já não havia mais ninguém para reclamar...".
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