Na posse de Silvio Barros como prefeito de Maringá, em fevereiro de 1973, não se sabe se com a aquiescência de Joaquim Dutra, foi tramada na redação da Folha do Norte uma forma de desprestigiar o prefeito eleito.
O objetivo era divulgar a posse, mas fazer de tudo para que Silvio aparecesse o mínimo possível. Dois repórteres, um deles Ismael Serra, simularam um abraço, que certamente deveria acontecer entre Adriano Valente, que estava deixando o cargo, e o novo prefeito".
. Do blog do De Paula
Sou testemunha ocular desse fato. A foto que aparece na primeira página da Folha do Norte foi o resultado de alguns ensaios feitos na redação do jornal, onde o Ismael Serra , representando a figura do prefeito Adriano Valente abraçava alguém, que seria o novo prefeito Silvio, e o Moracy clicava. Tudo saiu direitinho, como prova a foto de capa da Folha, que realmente destacou a posse da Câmara e colocou o fato principal, a posse do prefeito, na segunda dobra.
Tudo era fruto de uma briga entre o prefeito e um dos arrendatários do jornal, o seu Joaquim, alimentada ainda por uma pinimba que Silvio tinha com o bispo Dom Jaime.
A animosidade aumentou com o caminhar da administração Silvio Barros, principalmente depois que ele impediu a construção do prédio próprio da futura TV Cultura, onde hoje é a Praça Pio XII. Por conta do desentendimento, o prefeito não aparecia nos telejornais da emissora, embora tivesse discursado na inauguração do Canal 8, claro, conforme mandava o protocolo e a boa educação.
Silvio não deixava por menos o descaso da única emissora de TV da cidade para com ele: impedia que o carro de externa da televisão entrasse no Estádio Willie Davids para gravar os teipes dos jogos do Grêmio no Campeonato Nacional. Tanto que os gols gerados para o Fantástico eram uma cortesia da TV Tibagi, que havia perdido a programação global devido a um problema de relacionamento do proprietário Paulo Pimentel com o regime militar.
Nada a ver uma coisa com a outra, até porque ele era apenas o fotógrafo da Folha do Norte, mas Moracy Jaques é hoje ninguem menos do que o dono da Jacques Vídeo, produtora xodó dos irmãos Ricardo e Silvio Barros.
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