Preservar acervo patrimonial é respeito à cidadania,é garantir que as pessoas se identificam com o espaço em que vivem. Maringá sempre pecou neste aspecto, pois nunca fez um levantamento sério e aprofundado do seu patrimônio arquitetônico, que é pequeno, mas existe e tem lá sua importância. Já foi embora a estação ferroviária , o prédio do Distrito Sanitário, está indo o do Cine Horizonte e a insensatez de uma administração comprometida com a especulação imobiliária ameaça a rodoviária velha.
Ontem à noite vi na TV Maringá um programa dedicado exclusivamente àquele prédio. O apresentador Edson Lima parecia já ter em mãos o veredito:"Vai ser demolido mesmo", ao tempo em que o gerente da Guarda Municipal, Paulo Mantovani bradava , do alto de seus conhecimentos técnicos de engenharia e arquitetura:"Está condenado,não tem mais como recuperar".
Não é possível que os setores comprometidos com a vida cultural da cidade estejam dispostos a cruzar os braços e apenas lamentar sobre os escombros de um bem arquitetônico condenado pela insensatez e pela burrice. A esperança é que a justiça mantenha o prédio e que a partir daí, a cidade busque meios para restaurá-lo, dando ao local uma destinação nobre. Se isto acontecer a rodoviária velha ficará como um simbolo da resistência à ignorância, esta sim, que "astravanca o pogréssio".
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