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Mino, sobre o pacto republicano

"Eenxergo no pacto republicano o enésimo arreglo para oferecer aos privilegiados do Brasil ulteriores e mais amplos privilégios. Acerto a bem da patota, da turma, do grupo. Do estamento, diria Raymundo Faoro, de vivíssima memória nesta redação. Algo bem mais medíocre do que a célebre conciliação das elites, mas de efeitos igualmente deletérios para a maioria dos cidadãos, sufragado pelo apoio, diria mesmo a proteção, da mídia".

. Este é um parágrafo do artigo que Mino Carta escreveu como complemento de imperdídvel reportagem da revista Carta Capital dessa semana. Fica claro pela matéria, que o tal pacto, firmado entre os presidentes dos tres poderes, tem um objetivo indisfarçável: esfriar o combate ao crime do colarinho branco, desqualificando a Operação Satiagraha e esvaziando o poder de juízes federais de primeira instância, pois foi um magistrado de primeira instância que mandou Daniel Dantas pra cadeia. Que país é este? A capa da revista mostra ao fundo, Carmem Miranda dançando o seu chica-bum. É uma bela metáfora, que nos remete imediatamente ao veredicto de Charles De Gaulle, que ao descer aqui no início dos 60 aludiu que "este não é um país sério" e, principalmente, à "República das Bananas". No caso, dos bananas.

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