MESSIAS MENDES

  Estou apostando um prato de lentilha e duas rapaduras de jaracatiá que a candidatura de Sérgio Moro nem chega à convenção do Phodemos.

  O que seria do branco se não fosse o preto, o verde, o lilás? O que seria da escuridão se não fosse a fresta, a claridade, a luz? O que seria da Lua se não fosse a noite, o amanhecer, o Sol? O que seria do mar se não fosse a onda,   a maré, os peixes? O que seria do rio se não fosse o leito, a piracema,   a vazante ? O que seria de mim se não você, o outro, o ente, o diferente ? Não sei o que seria, nem pensar eu quero, porque se a vida é um mistério , prefiro ser sincero e ... deixa a vida me levar  

  Janayna de Paula do Carmo, 30 anos, uma brasileira de Pindamonhangaba (SP) disse em entrevista ao portal UOL que cansou de dar água com açúcar para seus filhos pequenos a fim de enganar a fome deles. Para ela mesma, nem açúcar tem sobrado e por isso sempre dorme com fome. Só vê seus filhos alimentados, quando é socorrida por algum vizinho generoso. Mas o problema é que nem sempre seus vizinhos, também em situação de pobreza, podem ajudá-la. A situação de Janayna não é única. Segundo o UOL, chega a 20 milhões o número de brasileiros em situação de extrema pobreza. O Brasil, que tinha saído do mapa mundial da fome a partir de 2003, voltou à indesejável posição que ocupava até o final do governo Fernando Henrique Cardoso. E tudo piorou com a pandemia, período em que o presidente da república cruzou os braços, fez pouco do coronavírus, desdenhou das vacinas, da máscara e do distanciamento social. Pior, continua desdenhando e até ignorando a catástrofe da pandemia, que ainda não a...

  Bolsonaro é um polo, é um extremista de direita, que catalisa a ignorância e potencializa o ódio. O Lula é de esquerda, mas não é um extremista. Logo, não é polo. E se não é polo, como pode estar polarizando com Bolsonaro? Não , não está. O que ocorre é que temos hoje na cena política brasileira duas personalidades agregadoras , para o bem ou para o mal. O fato de Lula não ser polo explica, em parte, a impossibilidade de uma terceira via. Terceira via que, caso houvesse, não poderia estar sintetizada   em Sérgio Moro, que não é polo, mas é de direita,   uma direita sem talento. Ciro? Também não seria, porque   mais afasta do que atrai apoios, devido ao seu permanente destempero verbal. Quem encarnaria, se fosse o caso a chamada terceira via? Dos políticos que estão na cena, nenhum.  Então, liberais,   de um liberalismo de pé quebrado, esqueçam essa bobagem de terceira via. O que estará em jogo em 2022 será a democracia. Vamos ter pois, o embate entre a ...

  Paulo Freire, Florestan Fernandes, Milton Santos, Leonel Brizola, Luiz Carlos Prestes, Darcy Ribeiro, Ulysses Guimarães, Tancredo Neves, Mário Covas, Josaphá Marinho, Paulo Brossard ,Miguel Arraes.   São cidadãos brasileiros, políticos e intelectuais ,que fazem muita falta nesses dias de tanta pobreza ética, moral e cultural e que se vivos fossem estariam , com suas falas, ações e reflexões, iluminando os caminhos de um Brasil apequenado pela mediocridade da sua classe dirigente. Sobre Ulysses, por exemplo, Sérgio Bitencourt, que disse do seu pai Jacó do Bandolin um sonoro   “naquela mesa está faltando ele”, certamente entoaria: “naquela tribuna está faltando ele e a ausência dele está doendo em mim”.

  As cheias que levam muito sofrimento ao Sul da Bahia não são fruto apenas da natureza. Elas são sim, consequências diretas do desequilíbrio ambiental e da devastação da Amazônia Legal, cujo processo criminoso se acelerou no governo Bolsonaro. Sou capaz de apostar que depois de deixar a paradisíaca São Francisco   do Sul, onde Bolsonaro se diverte com um séquito de puxa-sacos, ele venha minimizar as enchentes que devastam cidades inteiras do meu estado natal, dizendo asneiras do tipo: “Mas que culpa tenho eu se isso tudo é fruto da natureza?”. E poderá até se vangloriar ao dizer que liberou recursos para socorrer os desabrigados e desalojados. Cara deu pau como é, não assumirá , como não está assumindo, suas responsabilidades de presidente da república . Insensível e frio como é, não demonstra empatia e muito menos espírito de solidariedade pelo povo que sofre. O governador Rui Costa está se desdobrando para dar conta de tantos problemas. E para isso conta com solidarieda...

 A Bahia vivendo uma tragédia, o Brasil todo se solidarizando com meus conterrâneos e Bolsonaro pescando e dançando fank em Santa Catarina. No ócio e na mamata, mostra que não está nem aí. Isso lá é um presidente da república?

  A revista Piauí mostrou o destino dos milhões em verbas de emendas parlamentares e do relator que o presidente da Câmara , Arthur Lira, se permite a dar para ele mesmo. Com tanto dinheiro público ele oxigena sua base eleitoral na região de Penedo (Alagoas), distribuindo tratores, caminhões-pipa, retroescavadeiras e outros equipamentos agrícolas, que vão parar nas mãos de fazendeiros que garantem suas sucessivas eleições para a Câmara Federal. A revista mostra as razões pelas quais   Arthur Lira senta em cima de uma pilha de mais de 100 pedidos de impeachment contra Bolsonaro. revista piauí - pra quem tem um parafuso a mais (uol.com.br)

  1 minuto e 34 segundos foi o tempo que durou a mensagem de Natal do presidente em rede nacional de rádio e televisão. A primeira dama falou mais que Bolsonaro e os dois se limitaram ao óbvio, do óbvio, do óbvio. Mesmo falando tão pouco, tiveram tempo de mentir bastante, enaltecendo feitos que o governo não realizou. Jair Bolsonaro omitiu, como era de se esperar, a tragédia da pandemia que o Brasil viveu e em nenhum momento externou solidariedade às famílias das 618 mil vítimas fatais da Covid. Enfim, uma mensagem cheia de nada e vazia de tudo. Bem característica de um governo inepto e de um presidente incapaz.

  A esquerda está voltando na América Latina, não mais por meio de uma onda vermelha, mas surfando em onda rosa. As forças progressistas de centro e até algumas de direita, se convenceram, afinal, de que derrotar Bolsonaro em 2022 é uma questão de civilidade. E isso hoje só seria possível com Lula. E Lula sabe hoje, como sabia em 2002, que uma aliança só com os partidos de esquerda é jogar fora a água da bacia com criança e tudo. Por isso, ele costura a sua chapa com Geraldo Alkmin na vice e a possibilidade de ter ao seu lado até partidos como o PSD de Kassab. Não, não torça a cara para o arco de alianças que está sendo construído e nem precisa simular ânsia de vômito. Até porque, Lula sabe que se ganhar a eleição sem uma base sólida de sustentação no Congresso Nacional , seu novo governo correrá o risco de se tornar refém do centrão, o bloco parlamentar do toma-lá-dá cá , composto pela turma do “mamãe eu quero mamar...”  

  Pazuelo era um general no Ministério da Saúde. Foi considerado o pior ministro da saúde do Brasil em todos os tempos. No lugar dele entrou esse aí, que é cardiologista renomado. Todos pensavam que Queiroga teria comportamento de um verdadeiro ministro da saúde na condução das políticas sanitárias de combate à Covid. Mas não, ele seguiu rigorosamente a cartilha do presidente Bolsonaro e tornou-se, isto sim, num sabujo de jaleco branco.

  Lula aprendeu com Nelson Mandela que ao deixar a prisão não devia levar consigo nem raiva e nem ressentimento. Se fizesse isso, continuaria prisioneiro. Por isso,  se ele se eleger em 2022, esperem para 2023 um Lula republicano e mais conciliador do que nunca.

  Bolsonaro mandou “ripar” servidores do Iphan por terem barrado uma obra irregular do Véio da Havan. O PGR Augusto Aras fechou os olhos para o crime, denunciado depois ao STF por um senador. Mas o sorteado para relatar o caso foi ninguém menos do que o terrivelmente evangélico André Mendonça que, se tiver um pouquinho de hombridade se declarará impedido de atuar, dada a sua relação de amizade e até de subserviência ao presidente. De qualquer forma vamos ver como se sai o novo ministro da Suprema Corte , cuja aprovação no Senado gerou até um espetáculo ridículo da primeira dama, que deu pulinhos e orou em línguas para celebrar o gol que seu marido marcou contra o Brasil.

  4 votos a favor e apenas 1 contra por enquanto. Assim, o STF caminha a passos largos para liberar a execução das tais emendas do relator, sem a devida transparência e sem critérios de contenção do toma-lá-dá-cá. Na prática, a possível aprovação em plenário virtual da Suprema Corte do recurso, nada mais seria do que a legalização de uma excrecência. Em decisão monocrática a ministro Rosa Weber havia barrado a execução das emendas, mas depois que o assunto foi encaminhado para o pleno da corte, ela parece ter mudado de ideia. Por enquanto, só o ministro Edson Fachin abriu divergência e bateu pesado no orçamento secreto e principalmente nas chamadas RP-9, que nada mais são do que a possibilidade da base aliada indicar bilhões de reais aos redutos eleitorais de deputados e senadores que a compõem. Se isso não é imoral, o que mais pode ser? Se não é escancarar a porta da corrupção, do que mais poderiam ser chamadas as emendas do relator? Para o ministro Fachin, a aprovação do recu...

  Quer saber porque essa pseudo quarentena de 5 dias nos aeroportos do Brasil é uma piada? Basta entrar no site da Anvisa e ver a extensa lista de 125 países (ou territórios autônomos) que exigem, para que um brasileiro possa entrar neles, certificado de vacina e quarentena de 14 dias (com monitoramento das autoridades locais) em caso de sintoma que apontem para suspeita de Covid 19.

  Vários anos depois do contorno pronto só agora os viadutos saci vão ganhar a segunda perna. O Contorno Norte foi orçado em R$ 156 milhões , custou ao final mais de R$ 400 milhões e ficou com essa anomalia. Houve superfaturamento explícito de uma obra mal feita que desde o seu término precisava dessa correção. O Contorno era sim uma obra indispensável e hoje mostra-se fundamental. Só que quando foi construído nas gestões Silvio Barros/Pupin fizeram as duas pistas afuniladas em viadutos de mão única, um absurdo que nenhum acadêmico de primeiro semestre de engenharia avalizaria. Eenfim, estão corrigindo, meio que na base do antes tarde do que nunca, mas provocando um transtorno sem tamanho na Avenida Colombo, para onde foi desviado o tráfego de caminhões  

  Fui aluno de Dalton Moro que reconheço, era um ótimo professor de Geografia. Mas não escondia seu ódio por Lula e o PT, que na época era um partido em formação. O que o irritava muito eram as estrelinhas que meu colega de sala no curso de Estudos Sociais da UEM, Jairo de Carvalho (in memoriam) desenhava na carteira, dizendo sempre em alto e bom som que "este partido ainda vai ser grande, Lula ainda vai ser presidente da república". O professor não gostava daquilo, às vezes ensaiava uma bronca mas geralmente desconversava e chamava a atenção dos alunos para pararem de converseiro e prestarem a atenção nas explicações sobre o Paliolítico.   Consta que em 1994 o professor Moro chegou numa locadora de vídeo na Av. Morangueira, onde ele era cliente vip e começou a separar vários filmes que levaria pra casa para assistir no final de semana, como fazia todos os sábados. Ao ver o dono da locadora vestindo uma camiseta com uma foto do Lula no peito, se irritou, empurrou a pilha ...

 Seria Sérgio Moro uma nova cepa do bolsonavírus?

  É um ajuntamento de partidos de direita, composto por políticos que cobram por apoio ao governo do momento. São parlamentares , deputados federais em sua maioria,  bons de verbo e que só pensam na verba. O grupo reúne mais de 200 deputados federais, que sobretudo agora no governo Bolsonaro fazem o que querem. O grande trunfo do centrão hoje, são os bilhões de reais em emendas do relator, tudo nas mãos de Arthur Lira, que tornou-se espécie de primeiro ministro num governo que não governa. São líderes do centrão, por exemplo, o próprio Lira ( presidente da Câmara) , o líder do governo Ricardo Barros, o senador e atual chefe da Casa Civil, Ciro Nogueira e o todo poderoso do PL, partido que acaba de receber Bolsonaro com tapete vermelho, Waldemar Costa Neto. O centrão, pra resumo da ópera,   é o que há de pior na política brasileira.

  David Alcolumbre se achava esperto e por isso prorrogou o quanto pode a sessão de sabatina de André Mendonça na CCJ do Senado. Com isso,   o terrivelmente evangélico ganhou tempo e pastores terrivelmente picaretas como Malafaia, articularam a rede de chantagem emocional que intimidou os senadores. Mendonça, então, surfou na Comissão de Constituição e Justiça e no plenário da Câmara Alta. Para ser ministro do STF reza a Constituição que o indicado precisa ter notório saber jurídico e biografia ilibada, irretocável. Mendonça tem esses atributos? O comentarista de assuntos jurídicos e ex-desembargador Wálter Fanganiello Maierovitch diz que não.   Conhecedor profundo da matéria, Maierovitch lembra que Mendonça apoiou o negacionismo de Bolsonaro, passou pano nas tentativas de golpe engendradas até agora e seu perfil conservador e subserviente fará dele um ministro para Bolsonaro chamar de seu. Resumo da ópera: a aprovação, no entender do responsável pelo quadro “Justiça e ...

 O Senado chancelou o orçamento secreto, que institucionaliza a relação promíscua do governo Bolsonaro com o Congresso Nacional. Um voto foi decisivo: o do senador petista Rogério Carvalho. Aí eu me pergunto: como o PT vai conviver com essa contradição absurda?

  Criaram uma rubrica fedorenta e deram a ela o nome de RP9. Para facilitar a compreensão de faminto$ parlamentares do centrão e lançar uma cortina de fumaça sobre este emissário de rede de esgotamento sanitário , passaram a sintetizar a RP9 nas tais emendas do relator. Mas nada daria certo se a dinheirama prevista para fortalecer o balcão de negócios da Câmara Federal não fosse protegida por uma espessa nuvem de fumaça. Foi aí que surgiu o orçamento secreto. O STF reagiu e por meio da ministra Rosa Weber, enquadrou as tais emendas, que continuam omitindo os nomes dos deputados beneficiados com a pouca vergonha. Agora, os presidentes das duas casas (Câmara e Senado) se deram as mãos para afrontar a decisão da mais alta corte de justiça do país. Isso dá um filme perturbador. Qual o título?   Nenhum nome mais adequado do que   “Os Imorais”.

  Será que alguém acha que centenas de dragas amarradas uma às outras para explorar ouro e matar um dos principais rios da Amazônia é coisa que surgiu de surpresa e de repente? Será que alguém imagina que a transformação do Rio Madeira em uma espécie de Serra Pelada fluvial vem acontecendo sem conhecimento do Ministério do Meio Ambiente, sem que o presidente da república tenha ciência da ação criminosa? A carreira de dragas no vilarejo de Autazes está a apenas 150 quilômetros de Manaus, que é nada em relação às distâncias amazônicas. E cadê o Ibama? Cadê o ICMbio? Cadê a Polícia Federal? Cadê a Marinha, cadê o Exército? Ah, sim, agora o governo anuncia uma ação emergencial, pressionado que está pela sociedade e pela comunidade internacional. Mas esbarra, e demonstra timidez, diante da reação dos garimpeiros criminosos, que se dizem armados e prontos a reagir à bala caso as forças de segurança tentem dar um basta no processo de assassinato do rio. Não, mil vezes não. Isso é apen...

  Sérgio Moro deu entrevista à CNN e mostrou-se despreparado e por fora de tudo quando foi instado sobre problemas sociais. Não consegue se aprofundar em nada, não vai além do senso comum, seja qual for o tema abordado. Ele só não é tão raso quanto seu ex-chefe Bolsonaro, mas consegue ser pior do que o cabo Daciolo. O papo do ex-juiz tem a profundidade de um pires. Essa é a terceira via que a Globo e certos setores da elite e da classe média metida a besta defendem?

  A população de rua cresceu de maneira assustadora nos últimos dois anos nas grandes, médias e até pequenas cidades. É gente nos semáforos vendendo balas ou pedindo uns trocados para poder comer. O nível de desemprego está nas nuvens e a massa salarial no chão. O Brasil voltou correndo ao mapa mundial da fome e com velocidade impressionante caminha do estado de pobreza ao de miserabilização. A debacle começou sem nenhuma dúvida a partir do impeachment da presidente Dilma. Temer, o vice-golpista, chegou chegando, usando suas mãos sujas para impor uma agenda canhestra de destruição do patrimônio nacional. Aí veio Sérgio Moro, que a pretexto de combater a corrupção destruiu a indústria pesada da construção civil e distribuindo condenações absurdas e sem provas, tanto que foi declarado suspeito pela mais alta corte de justiça do país, desmoralizou a instituição do   processo legal.   Ao ajudar a eleger o pior de todos os candidatos a presidente de 2018 , acabou como seu mi...

  Recursos decorrentes de infrações trabalhistas iam pro caixa do Ministério Público do Trabalho que se instrumentalizava para atuar nos Termos de Ajustamento de Conduta e punir o trabalho escravo e a negligência de empresas na prevenção de acidentes de trabalho. Agora, Bolsonaro e seu ministro boquirroto Onix Lorenzoni criaram nova regra que desvia o dinheiro para o Fundo de Defesa dos Direitos Difusos e para o FAT. Objetivamente, essa é uma estratégia de enfraquecimento do sistema de fiscalização dos abusos contra o trabalhador, principalmente braçal. Depois de desmontar os filtros de proteção da Amazônia Legal, desossando órgãos como o Ibama, a Funai e o ICMbio, agora o governo predador quer acabar com o que resta de mecanismos de proteção do trabalhador, contra acidentes que matam e mutilam e contra o trabalho escravo. É um escárnio.

  Às 11 horas da noite de Seis de novembro de 1889, um grupo de militares se reuniu na casa do tenente-coronel Benjamin Constant, professor de Matemática da Escola Militar da Praia Vermelha, no Rio de Janeiro. O objetivo era tratar dos preparativos para a derrubada da monarquia. Entre eles estava o alferes Joaquim Inácio Batista Cardoso, avô do presidente Fernando Henrique Cardoso. Na conversa, todos se manifestaram de acordo com o uso das armas para depor o governo monárquico. Combinou-se um plano para agitar os quartéis e estocar armamento para o golpe. A certa altura, Benjamin Constant mostrou-se preocupado com o destino do imperador Pedro II: – O que devemos fazer do nosso imperador?, perguntou.  Mas e se ele resistir?, insistiu Benjamin. – Fuzila-se!, sentenciou Joaquim Inácio. Benjamin assustou-se com tamanho sangue frio: – Oh, o senhor é um sanguinário! Ao contrário, devemos rodeá-lo de todas as garantias e considerações, porque é um nosso patrício muito...

  Nos Emirados Árabes Bolsonaro não passará pelo dissabor de ser vaiado e chamado de genocida. Pela simples razão de que os brasileiros que lá residem são ricos e o regime dos sheiks não permitem protestos de nenhuma forma. O jornalista Fernando Brito lembra que Bolsonaro ficará quatro dias lá e que “ninguém se espante se as conversas forem sobre abrir hotéis e cassinos no Brasil, como aconteceu na sua primeira viagem ao Oriente Médio. Lembram disso? Na ocasião Bozo alardeou um investimento árabe de 10 bilhões de dólares para criar um balneário repleto de risorts , à moda Cancun, na baia de Angra dos Reis, o que foi repudiado pelos ambientalistas. “Mas também pode ser que, louco para “livrar-se” da lucrativa Petrobras, Jair   vá oferecer ao Sultão Ahmed Al Jaber, presidente da ADNOC, a grande empresa petrolífera dos Emirados Árabes. Empresa estatal, é claro, porque eles não são bobos. Espera-se apenas que o presidente não vá fazer o ridículo de repetir o filho Eduardo Bo...

  Bolsonaro dá corda para a direção da Petrobras continuar desviando sua finalidade. É tudo o que ele e Paulo Guedes querem para desmoralizar a estatal e privatizá-la . É isso que explica o fato da Petrobras mandar e desmandar na política de preços dos combustíveis, que está elevando a inflação e ajudando a acelerar o processo de empobrecimento cada vez maior da classe média e miserabilização dos pobres. Se nada for feito, o Brasil chega ao alagadiço e o próximo presidente, seja ele quem for, terá dificuldades extremas de recolocar a locomotiva nos trilhos. O que mais preocupa é o fato de que milhões e milhões de brasileiros continuam achando que Bolsonaro é o que nunca foi e jamais será, sem perceber que ele não tem feito outra coisa nesses quase três anos de governo a não ser afundar o país.  

  A capa da Piauí é o retrato de ponto grande de um Brasil miserável, de uma população pobre que tem fome e vê suas perspectivas de vida irem para o ralo. O osso, pelo qual famintos se espremem em filas humilhantes, surge também como metáfora, para denunciar a destruição da ciência, da cultura e da cidadania, por um governo predador, que ao contrário do que muitos pensam, tem um projeto. E que projeto é esse? Sem dúvida o da disseminação do fascismo e da redução do Brasil a pó de traque. Será que as instituições, que volta e meia dão sinais de vida, como deu esta semana através da ministra Rosa Weber, vão reagir com o vigor que a Constituição Cidadã lhes confere? Será que a parcela bolsonarista da população vai acordar em tempo, e perceber que seu mito a está empurrando para o precipício? Até quando vamos viver de será?

  Fazer "pescaria" para aprovar uma indecência dessa é pacabá. Se passar pela Câmara, o Senado, como casa revisora, tem o dever de rejeitar. Se mesmo assim a PEC do calote passar pelo Congresso deverá cair no Supremo, em cuja corte de justiça deve chover ações de inconstitucionalidade. Aliás, que porra é essa de fazer emenda na Constituição para dar calote em precatórios , abrir caminho para a extinção do Bolsa Família, que deveria ser perene e criar uma espécie de Bolsa Reeleição? É ou não é uma vergonha?

  Vi a entrevista do ex-governador Beto Richa agora há pouco no programa Pan News, onde ele obviamente se defende, se coloca como vítima de inúmeras injustiças e diz que até agora não apresentaram sequer meia prova contra ele. Não acredito mas também não duvido, porém reconheço seu poder de verbalização e capacidade de convencimento. O que me chamou à atenção foram as referências diretas à Lava-Jato e sobretudo à dupla Sérgio Moro e Deltan Dallagnol. Sem sitar o nome de nenhum dos dois, Richa deixou claro que ele era um dos políticos marcados para morrer. Veja, só, um tucano falando tudo isso da Lava-Jato torna ainda mais claro o mal que Sérgio Moro e Dallagnol fizeram ao Brasil. E se tinha alguém que o juiz e o promotor marcaram para morrer, este alguém não era efetivamente Beto Richa, era Luis Inácio Lula da Silva. Mas Lula, tal qual uma Fênix ressurgiu das cinzas. E se Beto estiver falando a verdade, o que sinceramente ainda tenho dúvida, acreditem: ele acabará voltando ao topo ...

  Num país de tamanha desigualdade social como o Brasil, a população pobre precisa sim de políticas compensatórias. Mas os programas de combate à fome não podem ser eleitoreiros como este Auxílio Brasil. Precisam ser transformados em políticas sociais permanentes e de estado, como tem sido o Bolsa Família, que completou 18 anos. Independente de quem seja o governante de plantão, o BF deveria seguir em frente, paralelamente a políticas estruturantes de combate à miséria, que a gente vê crescer de forma assustadora no país. Tudo piora quando se tem um presidente totalmente alheio ao sofrimento da população. Lendo mal os textos que sua assessoria produz e falando de soquinho, como um boneco manipulado por um ventríloquo de péssima técnica vocal , Bolsonaro tem um discurso que soa mais falso do que nota de R$ 3,00. É em cima dessa fragilidade intelectual (e moral) que o Centrão nada de braçada e seus líderes Arthur Lira, Ricardo Barros, Ciro Nogueira e Valdemar Costa Neto deitam e ro...

  Eis aí uma reflexão que, fundada na lógica formal, expressa uma verdade brasileira: Quando percebe que é eleito e reeleito por pobres, políticos obesos de tanto mamar nas divinas tetas do estado dão um jeito de multiplicar o número de pobres para que possa assim, se eternizar no poder, pelo voto. O eleitor desinformado e cooptado pelo algoz, acaba ganhando de presente uma pá, que utilizará para cavar a própria cova quando sua hora chegar.  

  A sombra de Gustavo Bebiano continua rondando o Palácio da Alvorada e sempre mandando o mesmo recado: “Tenho a chave do armário onde tu escondes um monte de esqueletos”!   Bebiano foi braço direito da campanha vitoriosa de 2018 mas uma vez num cargo de primeiro escalão , achou que poderia articular o apoio da Globo para um governo que já estava nos braços da Record, do bispo Macedo. A insistência o indispôs com o clã e ele acabou enxotado do Palácio do Planalto. Mas Bebiano   guardava a sete chaves um celular com mensagens comprometedoras, que segundo ele poderiam fazer tremer a Praça dos Três Poderes. Acabou morrendo, dizem que de infarto , mas até hoje o mistério ronda a morte do ex-fiel escudeiro do mito. Outro elemento de proa na campanha de Bolsonaro a presidente foi o empresário Paulo Marinho, que sabe tudo de Bebiano e pelo que deixa transparecer, conhece o paradeiro do tal celular. Por isso , quando Bolsonaro teve aquele entrevero com o seu filho no programa...

  A Petrobrás teve um lucro líquido de 31 bilhões de reais no primeiro trimestre de 2021 e   de 42 bilhões no segundo trimestre. É um lucro fabuloso, fora de qualquer lógica financeira. É simplesmente o dobro do lucro total dos quatro maiores bancos do país, o setor que mais lucra no Brasil desde sempre. De onde vem esse lucro absurdo da Petrobras? Vem dos preços abusivos dos combustíveis. E quem mais se beneficia dessa fábula? Os acionistas privados, claro. É em nome deles e por eles, que nós brasileiros estamos gemendo ao abastecer nos postos com gasolina, etanol ou diesel e o consumidor de um modo geral, se contorce cada vez que passa por um caixa de supermercado. Agora vejam o paradoxo absurdo:   quando no governo Dilma , os preços dos combustíveis foram jogados para baixo, a então presidente da Petrobras, Graça Foster e o ministro da   economia, Guido Mantega, foram processados. Sim, isso aconteceu de fato.

Bolsonaro botou Pinóchio no chinelo hoje na abertura da cúpula do G20. Se entendeu muito bem com o presidente turco Recep Tayyip Erdogan. Nada mais natural e previsível: os iguais se entendem sempre.

    O editor do portal 247 Leonardo Attuch, compara Bolsonaro ao atormentado Macbeth, de William Shakespeare. Na peça, Macbeth mata seu melhor amigo e depois vive atormentado pelo fantasma de Banquo. A referência de Attuch é a Gustavo Bebiano, que poucos meses depois de ameaçar Bolsonaro com áudios comprometedores de conversas confidenciais entre os dois, morreu (misteriosamente) de infarto. Esta semana o empresário carioca Paulo Marinho, mandou um recado ao capião: “Você esqueceu do Bebiano? Ele não esqueceu de você”. Bolsonaro tremeu na base.  

  Certamente porque alguns meses antes de morrer de uma forma misteriosa (divulgou-se que foi de infarto) o ex-fiel escudeiro de Bolsonaro, Gustavo Bebiano fez referências a uma “Abin paralela”. Foi um recado para o presidente, que o tinha enxotado do governo, de que o Brasil ainda conheceria a verdade sobre a facada que determinou o resultado das eleições de 2018. O detalhamento do episódio, que até hoje coloca dúvida na cabeça dos brasileiros politizados, estaria em um celular, que Bebiano disse   estar bem guardado com uma pessoa das suas relações nos Estados Unidos. No entrevero que Bolsonaro teve anteontem com André Marinho no programa Pânico, o fato voltou ao noticiário. O pai de André, Paulo Marinho, mandou um recado a Bolsonaro: “ Lembra do Bebiano, capitão? Ele não lhe esqueceu”. Bolsonaro ficou furibundo. Mais até do que ao saber do documentário do jornalista Joaquim de Carvalho, sobre o episódio de Juiz de Fora.

  ”O banqueiro André Esteves (BTG Pactual) faz questão de exibir sua influência junto às mais altas instâncias do poder político, com uma mistura de cinismo e boçalidade envernizada, própria de quem se acha educado só porque sabe usar os talheres. Esteves jacta-se de seu prestígio junto ao presidente da Câmara, Arthur Lira. Gaba-se do acesso ao presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, a ponto de este tê-lo consultado sobre o nível da taxa de juros, atitude que é um escândalo de relações carnais entre o público e o privado”. Cristina Serra (colunista do site Metropoles)

  Garoto foi um dos grandes ídolos do Grêmio Esportivo do início dos anos 60 e que parece ter sido esquecido pela maioria das pessoas que cultua a memória do futebol profissional de Maringá. Aqui ele aparece ao lado de Zeferino, goleiraço do Londrina na mesma época. Os dois posaram para a capa da edição número 5 da revista POIS É, que este modesto escriba editava junto com o amigo (também jornalista e hoje empresário) José Antônio Moscardi e Antônio Carlos Moreti. Não sei se o De Paula tem essa foto no Museu Esportivo, mas se não tiver, fique à vontade para usá-la. Só lembrando: aquele Grêmio Esportivo não era o mesmo Grêmio de Esportes, que veio depois e que também teve uma passagem gloriosa pelo futebol profissional do Paraná. Garoto foi centro-avante goleador, campeão paranaense e, salvo engano, bi. Depois dele vieram outros goleadores que se tornaram ídolos em Maringá, como Edgar, Ademir Fragoso, Valter Prado, Itamar, além dos armadores craques como Haroldo Jarra e Zuring e...

  "Sempre distante da verdade, ele odeia quem a revela", diria George Orwell sobre a reação de Bolsonaro ao relatório da CPI

  “O céu não está azul para o presidente Bolsonaro e o seu gargalhar diante do relatório da CPI que deverá ser aprovado na próxima terça-feira (26), assemelha-se à reação de um psicopata, que não tem valores morais e éticos”.   . Walter Maierovitch (ex-desembagador e colunista do UOL)

  Há um artigo no Código Penal, o 13 segundo um advogado amigo, que imputa crime a quem deu causa a ação delituosa. Omissão por parte de uma autoridade pública que poderia ter evitado uma tragédia e não evitou, é crime e ponto final. No caso de Bolsonaro, ele não só se omitiu como incitou a desobediência aos protocolos sanitários, o que elevou a níveis alarmantes o número de mortos e sequelados da Covid 19.  Diante de tudo isso, torna-se incompreensível que o G-7 tenha forçado a barra para o relator Renan Calheiros retirar do texto que será lido hoje a expressão “genocídio de indígena”, imputado ao presidente da república. A CPI, claro, não vai terminar em pizza, mas por pouco, muito pouco, pouco mesmo, Bolsonaro não sai como injustiçado pelas acusações que até a ema do Alvorada faz contra ele.  

  A CPI chega ao fim esta semana com a leitura do relatório do senador Renan Calheiros na quarta-feira. A votação seria na quinta, mas o presidente Aziz preferiu adiar pra semana que vem a fim de dar mais tempo   aos membros da comissão que querem analisar detidamente o relatório, sobre o qual já há divergências. Seja como for, tenha a CPI que resultado tiver, o fato concreto é que ela desnudou um esquema criminoso no Ministério da Saúde, de compra e não compra de vacinas e de propagação e distribuição de cloroquina   entre outras ações absurdas. São muitas as evidências da participação direta do presidente da república nessa tragédia. Já tem senadores dentro da Comissão Parlamentar de Inquérito que, apesar de fazer parte do G-7, não demonstra mais nenhum entusiasmo pelo indiciamento de Bolsonaro em alguns crime identificados pelo Relator, com a ajuda de renomados juristas. O Brasil está de olho na sequência (e consequências) da CPI da pandemia, cujo relatório certame...

  Todo mundo sabe que o exemplo, bom ou mau, vem de cima. Quando o máximo mandatário da nação dá bons exemplos, eles se multiplicam. E com a mesma força, ele potencializa os maus exemplos, que é o que tem acontecido no Brasil com o atual ocupante do Palácio do Planalto. Bolsonaro sistematicamente prega a violência por meio da sua "pátria armada", desqualifica a vacina , incentiva o desrespeito às regras sanitárias básicas e assim acaba azeitando a correia de transmissão do coronavírus. Ele vive dizendo que joga dentro das quatro linhas da Constituição. Por tudo o que tem feito, não dá para acreditar nas suas palavras. É bom lembrar, que antes de respeitar a Carta Magna de 1988 é preciso atentar para a Constituição de Capistrano de Abreu, aquela de apenas dois artigos:. "Artigo 1º - Todo brasileiro deve ter vergonha na cara." "Arigo 2º - Revogam-se as disposições em contrário."   "

  Uma notícia muito triste logo de manhã: a morte do jornalista e amigo Verdelírio Barbosa, com quem eu estava trabalhando há mais de dois anos e meio. Fiquei profundamente abalado. Verde estava internado há mais de um mês no Hospital Paraná. Chegou a voltar pra casa e ficar em home care e depois retornou ao hospital. Estava melhorando da pneumonia, segundo seus filhos Denys e Daniani, mas ontem informaram que ele tinha piorado e voltado para a UTI. Verdelírio militava no jornalismo maringaense desde o inicio dos anos 60. Ele começou bem antes de mim, mas em várias oportunidades atuamos juntos, no antigo O Jornal, que hoje é Jornal do Povo, de sua propriedade. Em fevereiro de 2018   ele me ligou e perguntou se eu podia indicar um jornalista para preencher uma vaga no JP. Respondi de pronto que sim. “Quem?, perguntou. “Eu mesmo”, respondi.. “Então começa amanhã”. E lá se vão dois anos e oito meses de agradável convivência profissional diária.   Homem de fé, se cuidava ...