Que o veto do prefeito de Maringá ao feriado da consciência negra seria mentido, isso todos sabiam; que alguns vereadores que pareciam estar se desgarrando do "barrismo" seriam "convencidos" a votar pela manutenção do veto, todos imaginavam; que dois autores do projeto que criava o feriado votariam contra si mesmos, era previsível, embora inaceitável. Pois aconteceu: Zebrão e Bravim, que apuseram suas assinaturas como co-autores, votaram contra o que haviam assinado embaixo. Se é que existe o cúmulo do contrasenso e da falta de personalidade, eis o cúmulo aí.
Quando o Amém F.C. entra em campo, sai de baixo, porque a subserviência do Poder Legislativo fica mais exposta do que fratura.
Que lamentável, uma Câmara Municipal de joelhos, com a maioria dos seus membros beijando a mão do gestor e por tabela, dos detentores do PIB da cidade.
A propósito, lembro que a favor da consciência negra e do bom senso, votaram:
Humberto Henrique, Mário Verri, Manoel Sobrinho e Marly Martin Silva. Isso também era esperado, até pelos frequentadores das ATIs.
Quando o Amém F.C. entra em campo, sai de baixo, porque a subserviência do Poder Legislativo fica mais exposta do que fratura.
Que lamentável, uma Câmara Municipal de joelhos, com a maioria dos seus membros beijando a mão do gestor e por tabela, dos detentores do PIB da cidade.
A propósito, lembro que a favor da consciência negra e do bom senso, votaram:
Humberto Henrique, Mário Verri, Manoel Sobrinho e Marly Martin Silva. Isso também era esperado, até pelos frequentadores das ATIs.
Comentários
Queria pedir licença ao grande mestre Shakespeare, tão competente em eternizar os sentimentos mais profundos, para expor aqui o que assim como ele eu também aprendi ao longo do tempo, e bastante nessas últimas semanas, no desenrolar da votação do Feriado de 20 de Novembro.
Depois de um tempo você aprende que por mais que lute e percorra caminhos, ainda há sempre muito a percorrer...
Um dia você aprende que mesmo em tempos modernos existem pessoas com mentes retrógradas e visão estreita...
Aprende que a justiça às vezes tão óbvia nem sempre acontece como devia...
Que não importa quantos pessoas caminhem contigo, há sempre um punhado delas para lhe puxar para trás...
Um dia você aprende que por mais alto que você grite, sempre haverá alguém que tapará os ouvidos para não escutar...
Aprende que muitas vezes estar do lado da decência não é o bastante...
Um dia você aprende que não é pela quantidade de melanina na pele que se reconhece a negritude de alguém, mas sim em seus atos ou ausência deles...
Que mesmo que uma pessoa tenha o dever de fazer algo, não quer dizer que ela realmente faça...
Você aprende que vivemos num mundo onde te olham nos olhos, apertam tua mão e te apunhalam pelas costas, e não a nada que você possa fazer a respeito...
Descobre que quando se lida com política se lida com poder, quando se lida com poder se lida com dinheiro, e que invariavelmente o dinheiro adquire um assustador poder sobre as pessoas...
Um dia você aprende que não adianta discursar para quem só ouve a si mesmo...
Você aprende que quando alguém tem a chance e o poder de fazer algo hoje e não faz, provavelmente não o faça nunca...
Que é possível que enquanto você chora o outro esteja rindo, numa causa aparentemente em comum...
E você aprende que aquele que luta nem sempre vence, mas chega um pouco mais perto da vitória final.
Um dia você aprende que ... e essa aprendi com outro grande mestre, Wiliam Punshon: A covardia pergunta: “Isto é seguro?” A conveniência pergunta: “É oportuno?” A vaidade pergunta: “É agradável a todos”? Mas a CONSCIÊNCIA pergunta se é CORRETO.
Tayná Wienne Adorno Tomás, membro do Instituto de Mulheres Negras Enedina Alves Marques e Associação União e Consciência Negra de Maringá.