"Ano passado o reli, agora sinestésicamente, igual criança que come um manjar branco com calda de ameixa-preta; devagarzinho, com medo de acabar o prazer da gula. Fui garfando aos pouquinhos, lambendo suas palavras, estudando-as, anotando, pesquisando, separando frases, idéias, recolhendo mistérios, enfim, ruminei tudo. Sensação maravilhosa! Aliás, sem imaginar depois vi que fiz bem, pois, como diz GUIMARÃES ROSA: “Minha literatura é para bois, não é para ser engolida de vez.”.
. Do advogado A Balestra, comentando Grande Sertão:Veredas a propósito dos 100 anos de Guimarães Rosa.
Meu comentário: confesso que fiquei com inveja do Dr. Balestra e tentado a reler a obra que, a exemplo dele e da maioria da nossa geração, devorou este grande clássico da literatura brasileira ainda na mocidade. Vale a pena ler o que ele (link ao lado) escreveu sobre Guimarães Rosa e Grande Sertão. Tal qual o livro, o texto do amigo blogueiro merece ser saboreado, como se saboreia o manjar branco.
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