Foi criado ontem à noite na Câmara Municipal de Maringá o Comitê de Apoio à Reforma Agrária no Noroeste do Estado. O público presente não foi tão grande, mas sem dúvida , era de qualidade. Alguns membros do MST fizeram relatos de violência policial e de milícias em alguns assentamentos. É consenso nos setores que defendem os movimentos sociais, de que o processo de criminalização do MST inclui até atos de delinquência por pessoas que se aproximam dos acampamentos para "aprontar" e jogar a culpa nos trabalhadores. Estive presente e acabei usando da palavra. Coloquei no debate o tema da criminalização do MST pela mídia, o que aliás fica cada vez mais claro. Acho, e defendi isso, que a sociedade deve reagir contra isso e que o próprio MST deve partir para uma política de aproximação com as comunidades urbanas, conquistando corações e mentes e tirando de si a carga de preconceito que é oxigenada pelas grandes redces de TV no dia-a-dia.
Gostei muito da carta de apoio de Dom Anuar Batisti, lida pelo padre João Caruana (foto).
Acho, sinceramente, que este comitê, que está sendo formado em todo o país, é um passo importante para o avanço da reforma agrária, que interessa ao país mas desagrada a elite, sempre preocupada com o próprio umbigo.
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